quinta-feira, 23 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Cuscos
Eu - Olha lá vieram dizer-me que tinhas sido pai, é verdade?
Ele - Eu já fui pai há...muito tempo hehe, mas se queres saber se vou ser pai outra vez, sim, em Fevereiro, do João.
Eu - Ele há coisas.
Então não é que estive de férias com o C. que me contou a história de ter lido no facebook que tinhas sido pai.
Sinceramente, odeio maus cuscos, é que me transtornam a informação!
Ele - Eu já fui pai há...muito tempo hehe, mas se queres saber se vou ser pai outra vez, sim, em Fevereiro, do João.
Eu - Ele há coisas.
Então não é que estive de férias com o C. que me contou a história de ter lido no facebook que tinhas sido pai.
Sinceramente, odeio maus cuscos, é que me transtornam a informação!
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Discurso na primeira pessoa
Chamo-me Gata2000, sou licenciada em Economia, trabalho como financeira numa multi nacional americana, sou mãe e mulher.
Durante muitos anos acreditei que os departamentos de mulheres não serviam para nada mais do que um delegado extra aos congressos, porque sempre fui contra as quotas e o segregacionismo.
Para mim, homens e mulheres deviam chegar aos lugares por mérito, não por género, quando uma mulher é competente deve ocupar o seu lugar, da mesma forma que um homem, obviamente, e há tanta mulher capaz.
Aceitei fazer parte desta equipa, não por conhecer a líder, mas porque fui desafiada a fazê-lo pela ATM, uma mulher que aprendi a admirar,pela capacidade que tem de neste mundo de homens que é a politica, ser capaz de fazer valer as suas ideias, e de quando é preciso dar um murro na mesa para se fazer ouvir.
Estive sempre consciente que a discriminação sexual existia, mas nunca a tinha conhecido de perto, até ter sido mãe. Nessa altura, depois de ter voltado da licença de maternindade deparei-me com o facto de não ter lugar na empresa onde trabalhava, curiosamente uma empresa onde o concelho de administração se outorga solidário, entre outras coisas.
Assim, e porque faço também eu parte desta equipa, gostava de ver o departamento a descentralizar e a apostar tanto nas concelhias da área metropolitana, como em Lisboa, a levar as discussões e as ideias a todas e todos os militantes da federação, porque me parece bem que este seja um departamento inclusivo, não exclusivo das mulheres.
Até porque sei bem que as mulheres têm ideias e opiniões sobre tudo, gostaria de ver criados foruns e debates sobre todos os temas que nos preocupam, não apenas como mulheres, mas como cidadãs: educação, igualdade, economia, paridade, transportes, discriminação, habitação, todas as preocupações que são nossas por direito.
Durante muitos anos acreditei que os departamentos de mulheres não serviam para nada mais do que um delegado extra aos congressos, porque sempre fui contra as quotas e o segregacionismo.
Para mim, homens e mulheres deviam chegar aos lugares por mérito, não por género, quando uma mulher é competente deve ocupar o seu lugar, da mesma forma que um homem, obviamente, e há tanta mulher capaz.
Aceitei fazer parte desta equipa, não por conhecer a líder, mas porque fui desafiada a fazê-lo pela ATM, uma mulher que aprendi a admirar,pela capacidade que tem de neste mundo de homens que é a politica, ser capaz de fazer valer as suas ideias, e de quando é preciso dar um murro na mesa para se fazer ouvir.
Estive sempre consciente que a discriminação sexual existia, mas nunca a tinha conhecido de perto, até ter sido mãe. Nessa altura, depois de ter voltado da licença de maternindade deparei-me com o facto de não ter lugar na empresa onde trabalhava, curiosamente uma empresa onde o concelho de administração se outorga solidário, entre outras coisas.
Assim, e porque faço também eu parte desta equipa, gostava de ver o departamento a descentralizar e a apostar tanto nas concelhias da área metropolitana, como em Lisboa, a levar as discussões e as ideias a todas e todos os militantes da federação, porque me parece bem que este seja um departamento inclusivo, não exclusivo das mulheres.
Até porque sei bem que as mulheres têm ideias e opiniões sobre tudo, gostaria de ver criados foruns e debates sobre todos os temas que nos preocupam, não apenas como mulheres, mas como cidadãs: educação, igualdade, economia, paridade, transportes, discriminação, habitação, todas as preocupações que são nossas por direito.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Frases que adoramos
O que eu gostei de ouvir:
"Tu és uma miuda fantástica, gira e interessante, mas a verdade é que não te vejo como namorada, somos demasiado amigos."
As miudas giras como eu também ouvem estas coisas - na adolescência é claro - não são só os camafeus.
"Tu és uma miuda fantástica, gira e interessante, mas a verdade é que não te vejo como namorada, somos demasiado amigos."
As miudas giras como eu também ouvem estas coisas - na adolescência é claro - não são só os camafeus.
sábado, 18 de setembro de 2010
Paixões
Um amigo meu, depois de cerca de 20 anos a pensar como teria sido diferente a sua vida, decidiu casar-se.
No caso dele a dor foi derivada à morte de uma namorada na adolescência, para o comum dos mortais, é quase invariávelmente uma grande paixão que terminou sem louros, ou que ficou no limbo.
Bem sei que no caso do E. é mais sério, mas no fundo creio que as razões são as mesmas - idealizar o que poderia ter sido a vida com aquela pessoa.
Numa relação que terminou sem sabermos bem porquê, ou que se viu castrada pelas mais diversas razões, acabamos por esquecer tudo o que eventualmente correu mal, e enaltecer nas nossas mentes o que efectivamente correu bem.
Um dia apaixonei-me por uma pessoa de tom de pele diferente do meu, fomos proibidos de nos vermos, naturalmente a relação - que diga-se estava já moribunda - saiu fortalecida, e juntos lutámos por ficar juntos. cedo percebemos que afinal estávamos condenados a não ficar juntos, não porque houvesse quem não nos quisesse juntos, mas apenas porque não era "meant to be".
Também me apaixonei por quem vivia a 1500 km daqui, e ele era certamente perfeito, porque eu não o conhecia suficientemente bem para lhe encontrar os defeitos, passado um ano de relação platónica à distância achei que os prazeres de uma presença iriam certamente ser superiores à pureza da perfeição, sou dada a coisas terrenas....
Houve também um dia em que me senti morrer no dia em que me disseram que afinal a minha grande paixão, não era assim tão correspondida do outro lado, e achei que nunca mais iria conhecer quem me merecesse, ou de quem eu estivesse à altura, a vida tinha terminado nesse dia. Claro que tudo muda no dia em que nos voltamos a apaixonar e afinal a vida continua, mesmo depois de nos termos martirizado durante dias e noites a fio, ou chorado baixinho para que ninguém percebesse que definhavamos devagarinho.
Tudo isto faz parte do que somos, faz parte de VIVER A VIDA, paixões, desilusões e sonhos, que depois de desfeitos serão certamente reconstruidos, mais tarde ou mais cedo - embora na altura isso seja uma utopia que os nossos amigos nos querem fazer acreditar.
Depois passam-se anos e anos, e um dia lembramo-nos daqueles que passaram pela nossa vida, mesmo que brevemente, com enorme impacto, e tendemos a lembrarmo-nos na perfeição da forma como nos conquistavam, nos cortejavam, da maneira como nos abraçavam e beijavam, dos bons momentos que passámos juntos. Gostamos de esquecer as duras palavras que os amantes atiram na altura de romper, das lagrimas que certamente nos rolaram pelas faces quando virámos costas, das noites em claro pensando, mas que raio fiz eu de errado.
Afinal as grandes paixões que não se concretizaram não são mais do que uma rosa, de uma tal beleza infinita, que acabamos por nos esquecer que existem espinhos prontos a enterrarem-se na nossa carne, até que de facto nos picam e percebemos de como estávamos felizes até nos termos picado.
No caso dele a dor foi derivada à morte de uma namorada na adolescência, para o comum dos mortais, é quase invariávelmente uma grande paixão que terminou sem louros, ou que ficou no limbo.
Bem sei que no caso do E. é mais sério, mas no fundo creio que as razões são as mesmas - idealizar o que poderia ter sido a vida com aquela pessoa.
Numa relação que terminou sem sabermos bem porquê, ou que se viu castrada pelas mais diversas razões, acabamos por esquecer tudo o que eventualmente correu mal, e enaltecer nas nossas mentes o que efectivamente correu bem.
Um dia apaixonei-me por uma pessoa de tom de pele diferente do meu, fomos proibidos de nos vermos, naturalmente a relação - que diga-se estava já moribunda - saiu fortalecida, e juntos lutámos por ficar juntos. cedo percebemos que afinal estávamos condenados a não ficar juntos, não porque houvesse quem não nos quisesse juntos, mas apenas porque não era "meant to be".
Também me apaixonei por quem vivia a 1500 km daqui, e ele era certamente perfeito, porque eu não o conhecia suficientemente bem para lhe encontrar os defeitos, passado um ano de relação platónica à distância achei que os prazeres de uma presença iriam certamente ser superiores à pureza da perfeição, sou dada a coisas terrenas....
Houve também um dia em que me senti morrer no dia em que me disseram que afinal a minha grande paixão, não era assim tão correspondida do outro lado, e achei que nunca mais iria conhecer quem me merecesse, ou de quem eu estivesse à altura, a vida tinha terminado nesse dia. Claro que tudo muda no dia em que nos voltamos a apaixonar e afinal a vida continua, mesmo depois de nos termos martirizado durante dias e noites a fio, ou chorado baixinho para que ninguém percebesse que definhavamos devagarinho.
Tudo isto faz parte do que somos, faz parte de VIVER A VIDA, paixões, desilusões e sonhos, que depois de desfeitos serão certamente reconstruidos, mais tarde ou mais cedo - embora na altura isso seja uma utopia que os nossos amigos nos querem fazer acreditar.
Depois passam-se anos e anos, e um dia lembramo-nos daqueles que passaram pela nossa vida, mesmo que brevemente, com enorme impacto, e tendemos a lembrarmo-nos na perfeição da forma como nos conquistavam, nos cortejavam, da maneira como nos abraçavam e beijavam, dos bons momentos que passámos juntos. Gostamos de esquecer as duras palavras que os amantes atiram na altura de romper, das lagrimas que certamente nos rolaram pelas faces quando virámos costas, das noites em claro pensando, mas que raio fiz eu de errado.
Afinal as grandes paixões que não se concretizaram não são mais do que uma rosa, de uma tal beleza infinita, que acabamos por nos esquecer que existem espinhos prontos a enterrarem-se na nossa carne, até que de facto nos picam e percebemos de como estávamos felizes até nos termos picado.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
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