terça-feira, 31 de março de 2009

O que SOMOS, o que pensam de nós, e o que pensamos nós que SOMOS

Já explorei o que pensam sobre mim e já me mostrei fisicamente, embora com 14 anos. De então para cá muita coisa mudou, a menina tornou-se mulher!
Nunca me achei uma beleza de parar a trânsito, mas ao olhar para o espelho sei que não sou feia. As duas coisas que me iluminam o rosto são um sorriso "à lá Julia Roberts" - como diz a minha mãe - e um certo brilho nos olhos. Hoje o brilho desvaneceu e quase nunca sorrio. Tenho uma expressão muito dura no rosto, que afasta quem pensa em se aproximar, mas que se amacia depois de ultrapassados os primeiros passos.

Sei que sou boa mãe, tento dar à minha cria todo o carinho e o amor que tenho para dar, e que recebi quando era criança, transmito-lhe os princípios e valores que me transmitiram e fizeram de mim a mulher que sou hoje, na tentativa de que seja uma boa pessoa, sem lhe cingir a personalidade própria.

Tenho noção de que sou boa filha, protejo ao máximo a minha mãe dos problemas que nos assolam. Um dia uma amiga perguntou-me porque eu deixava que a minha mãe fosse tão dependente de mim, se eu "lhe devia alguma coisa", eu respondi-lhe que lhe devia tudo o que sou. Agora compete-me a mim proteger a mulher que me ensinou a ser forte, e a quem creio, nos últimos tempos desiludi - por não ter a força que necessitava, por afinal ser tão fraca como o próximo.

Sou meiga e terna, amiga do meu amigo, não sei se daria por eles a camisa, mas sabem que podem contar comigo, embora a amizade não me tolde o discernimento, se acho mal digo. Sou frontal , dura nas palavras, agressiva até, quem me conhece sabe que de mim terá sempre a verdade, ainda que esta doe a ouvir.

Sinto-me traída por alguém a quem sempre vi como o meu herói e a quem protegi com unhas e dentes durante 30 anos, para apenas perceber que afinal eu não era m ais do que uma responsabilidade a que tinha de fazer face e que mais tarde não se coibiu de cobrar.

Sou acossada pela falta de dinheiro que me impede de ter a vida que sonhei e que construi, mas que agora não consigo suportar.

Sou sensível às injustiças do mundo, não compactuo com irregularidades, sou intolerante com jogos e negociatas, detesto corrupção, irrita-me a incompetência, o racismo, a ignorância.

Sou atormentada por fantasmas do passado que aos 4 anos me fizeram eleger como esconderijo preferido o vão entre a cama e o chão no quarto da minha bisa, para não ouvir os gritos, as injúrias, os abusos que se passavam lá fora. Fantasmas que vieram também na forma da minha melhor amiga, a quem não consigo falar por me custar horrores reviver o acidente que tivemos juntas, há 11 anos atrás, nem era eu que ia a conduzir, mas não fui eu que perdi a visão nem a memória de curto prazo, eu fiquei apenas com as cicatrizes, algumas mais fundas do que aparentam.

Sou uma profissional humilhada, atirada há 2 anos para a prateleira, retirada de funções e de vencimento que era meu por direito, mas de "castigo" porque decidi que ser mãe era também uma realização pessoal como mulher. Um "correctivo" que me faz neste momento questionar as minhas próprias capacidades, com medo de não ser capaz de recomeçar a trabalhar a sério, duvidando das minhas competências.

Infelizmente como mulher sei que não valho nada! E não é só por não ser a fada do lar que exigem que sejamos, há 2 anos que tento fechar os olhos à limpeza da casa, e como não tenho ajuda, continuo a deixar esquecido o muito que tenho por fazer, o que me incomoda, porque nunca fui capaz de viver numa casa com pó, as minhas amigas diziam que eu preferia ficarem casa a limpá-la a ir sair, hoje só a muito custo o faço, e é porque tenho uma criança.

Sou amargurada porque embora tenha uma relação baseada no amor, no respeito e na confiança, não o consigo aceitar como ele é e ele não me compreende, não me lê os sinais. Acabamos assim por cair na recriminação. Já vi bem de perto, talvez mais do que desejaria, onde terminam estas relações, e por vezes tento contrariar, mas acaba por se tornar num ciclo vicioso.

Neste momento, e Deus queira que seja apenas uma fase má, o que eu sou é um animal ferido, que ataca que se aproximar, seja para matar, ou para curar.

Desafio (uma resposta à maneira)

Este SENHOR fez o favor de responder ao meu DESAFIO da melhor forma que soube, e de que formas meus amigos, gosto particularmente do espanador na mão, porque as lides da casa são uma grande angustia.

Tiraste-me a pinta, parabéns!

Mais alguém???






segunda-feira, 30 de março de 2009

sexta-feira, 27 de março de 2009

Há dias…

(Ontem escrevi isto)

…em que me saem coisas destas das mãos!




Mas ultimamente, tenho andado preguiçosa e há muito tempo que não pego nos quadros de ponto cruz que tenho começados. Há muito mais tempo que não pinto, não me sai uma tela dos dedinhos há uns 8 anos.
Tenho andado a magicar o que posso fazer para canalizar energias, por um lado apetece-me ver até onde é que vai o meu corpinho, levá-lo ao extremo, sentir até onde é que ele aguenta, e pensei no boxe, mas o osteopata que me tratou da coluna em Janeiro deixou bem claro…menina, começa pela passadeira e pela bicicleta que o resto pode não te fazer lá muito bem.
Por outro lado, a arte estimula-me a inspiração, e reorganiza-me as ideias.
Ou pela via do corpo, ou pela via da imaginação a verdade é que preciso de fazer qualquer coisa que saia de mim, que me faça sentir no extremo e me traga de volta à realidade mais eu, sem a revolta que me atormenta, sem raiva.
Pensei também em ir a aulas de bateria, também me parece que solta energias – deve é ter o mesmo resultado do boxe nas costinhas; ou dar em vocalista de banda de garagem – sim que com a voz de cana rachada que Deus me deu, não posso sair da garagem., ou então ingressar num grupo de teatro amador, mas estou indecisa

Ora portanto, preciso de um hobbie, aceitam-se sugestões!!
PS: Não pensem em nada que envolva água que isso depois obrigava-me a fazer a depilação todas as semanas e não só é doloroso como muito dispendioso.

(Hoje escrevo)

Tomei coragem e fui a uma aula de Body Balance com a minha colega de gabinete. Pois estou em dizer que amanhã não mexo um músculo que seja, tenho até a sensação que o mais provável é que tenha de ser alimentada por via intravenosa, bem vá...com palhinha!!

PS: Continuo a aceitar sugestões!!!!

O prometido é devido



(Florença 88, artista com assinatura imperceptível)


Tinha eu 14 anos a fazer uma das viagens da minha vida, numa das alturas em que me senti mais feliz.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Please

Alguém pode fazer o favor de aumentar o som do rádio, para que eu não me ouça pensar!!!

Desafio

A quem me costuma ler, a quem se dá ao trabalho de comentar o que eu escrevo e a quem quiser arriscar, desafio-vos a “desenharem-me”, através de rabiscos, de descrições, como entenderem.
Tendo apenas como linhas mestras aquilo que eu escrevo por aqui desde Setembro de 2008, mas sabendo que tenho sido sempre muito sincera no que escrevo e que tudo tem sido biográfico.
Não é uma tarefa fácil, nem tão pouco uma tarefa gratificante, mas gostava de saber como me vêem os me por aqui passam, se a ideia que passo é ou não fiel à realidade.

Amanhã como prémio, para todos os que se atreverem, publico um desenho, mesmo a sério, feito por um artista de rua em Florença quando eu tinha 14 anos, e sobre o qual alguém disse naquela língua maravilhosa que é o italiano cantado “parece mesmo um anjo” – sorte a dele não me conhecer!!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Acho que vou pensar...



...em dedicar-me à fotografia, tou cá em dizer que tenho um futuro "brilhante" pela frente!!!

Barbecue

(RECEBIDO POR E-MAIL)
Há quem não saiba como se prepara e como se faz um bom barbecue.



Pois aqui vai:



Talvez porque há um certo risco envolvido na actividade, este é o único
tipo de cozinha a que um verdadeiro homem se deve dedicar: "A cozinha
fora de casa"...

Quando um homem aceita fazer o Barbecue a seguinte cadeia de acções
põe-se em marcha:

1) A mulher compra os alimentos

2) A mulher faz as saladas, prepara as batatas fritas, o arroz e a sobremesa.

3) A mulher prepara a carne para ser cozinhada, tempera-a, coloca-a numa
travessa e leva-a ao homem que já está á espera ao pé do grelhador de
cerveja fresca na mão.

Aqui vem a parte realmente importante da questão:

** 4) O homem coloca a carne na grelha **

5) A mulher vai para dentro e põe a mesa

6) A mulher apercebe-se que o homem está com os outros homem a contar
anedotas e vem cá fora a correr a avisar que a carne se está a queimar

7) O homem aproveita e pede-lhe mais uma cervejinha fresquinha

8) A mulher vem cá fora trazer a cerveja e uma travessa e é então que vem
a segunda parte importante do processo,

** 9) O homem tira a carne da grelha e entrega-a á mulher **

10) Depois de comerem, a mulher tira a mesa, lava a louça, arruma a
cozinha e lava a grelha

11) Toda gente dá os parabéns ao homem pela fantástica refeição que
ele preparou

12) O homem pergunta á mulher se lhe soube bem o tempo de folga de que
usufruiu, e perante o ar chateado dela conclui que há mulheres que nunca
estão satisfeitas com nada ...

E é para isto que os homens servem, PARA ATRAPALHAR!

terça-feira, 24 de março de 2009

Raízes que seguram a vida


A nossa vida é composta por histórias, as nossas e as de quem nos rodeia, são todas estas histórias que fazem de nós o que somos, uma amálgama de recordações, experiências, de desejos e medos, alegrias e tristezas.

É claro que o facto de ter tido na infância um pai alcoólico influencia a idade adulta, como por exemplo não conseguir beijar na boca alguém que me cheire a cerveja. Quem não tem na família próxima ou afastada histórias de vícios, seja álcool ou drogas. Um primo meu viu a filha recém nascida ir passar 1 mês na incubadora porque estava de ressaca – pai e mãe tinham consumido durante a concepção e gestação, esse foi o gatilho para ele mudar de vida. Um amigo meu dizia que compreendia dependências físicas, mas que não as outras, o pai era viciado em jogo, nunca o vi a jogar às cartas, e naquela altura jogava-se muito às cartas.

Mesmo as relações inter-pessoais são geridas com base em experiências, quem já não teve um grande amor que lhe partisse o coração para depois se fechar a jogos amorosos mais ou menos inocentes. Quem já não ouviu a história da amiga que se apaixonou e esteve prestes a largar tudo para depois ser trocada por outra pessoa, ou o amigo que depois de 4 anos de vida em comum descobriu que afinal na semana do casamento a noiva desistiu de tudo porque “ele não era o homem que lhe fazia tremer as pernas para o casamento”. Quantos de nós não se deixaram levar pelos braços de um desconhecido porque conhecemos histórias de corações partidos, ou até porque o nosso levou tanto tempo a colar s cacos.

Por outro lado temos a mudança, esse grande desconhecido que nos assusta tanto quanto nos absorve. A minha amiga acabou no desemprego porque decidiu que não ia viajar 3 dias na semana quando a filha dela tinha meses, recusou-se e foi despedida, passado menos de 1 anos estava num emprego muito mais calmo, sem necessidade de se ausentar, e a ganhar quase o dobro. Os meus avôs mudaram de pais na procura de um novo rumo, de uma nova vida, voltaram ao fim de 20 anos, nunca se acostumaram.

Algumas são histórias fantásticas pelas quais gostaríamos de passar outras são histórias de coragem que muitas vezes esquecemos que afinal fomos nós os actores principais, algumas histórias fazem-nos rir da falta de jeito dos nossos amigos, outras vezes choramos porque nos lembramos de histórias em que as pessoas que nos importam estiveram lá.

Este ano faço 20 anos de amizade com 2 amigas de liceu, juntas passámos pela morte de um pai, pelos amores e desamores de todas as 3 umas vezes mais brandas outras mais duras nas palavras de animo, quer chamando à razão quer dando mimo, passámos por 3 casamentos, por 3 filhos, pelas agruras e bênçãos que nos trazem maridos e crianças, passámos também por um divórcio – o dos meus pais e toda a lama que lhe veio agarrada. Ultrapassamos juntas a prisão de um irmão por tráfico de droga. Vivemos alturas em que não podíamos viver sem nos respirarmos, outras em que não nos podemos juntar porque sabemos que vão voar recriminações, acusações e tantas outras coisas feias.

Estabelecemos entre nós laços mais fortes do que os estabelecidos pelo sangue, eu não tenho irmãos e vejo nelas os seus substitutos, uma tem uma irmã que inveja a relação que temos, porque se vê relegada para segundo plano, a terceira tem dois irmãos ausentes por vontade ou imposição, acabando por ter em nós um apoio maior do que aquele encontrado nos irmãos.

Passados 20 anos, as nossas histórias cruzam-se de forma tão natural que por vezes as histórias de uma são as histórias de outra, como as raízes de uma arvore lutamos cada uma pelo seu lugar ao sol, sabendo que ao percorrendo esse caminho sozinhas acabaremos por nos entre ajudar no todo, porque quando as raízes encontram o lençol de água é a árvore que vive.

A música das raízes!


Mistify [full] - INXS

Memories, memories!!!

segunda-feira, 23 de março de 2009

O que é nacional é ....


Ricardo Limão

Nuno Fernandes

Miguel Ramalho

Gonçalo Andrade

Frederico Gameiro

Passei o fim de semana inteirinho a ver estes meninos dançar, e se eles dançam bem. Passei o fim de semana inteirinho a pensar que pena que é não apoiarmos as coisas boas que temos na cultura portuguesa.
Passei o fim de semana inteirinho escandalizada com a pouca adesão que a Companhia Nacional de Bailado tem, mesmo quando nas matinés familia, um adulto que leve um jovem com menos de 18 anos pague apenas 5 euros por cada bilhete.
Assim sendo aqui ficam alguns dos mais bonitos bailarinos da CNB.

sexta-feira, 20 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

A vida perfeita dos objectos inanimados


Embora nunca se tivessem cruzado os seus olhares, embora nunca se tivessem tocados os seus corpos, ela sabia que ao deitar-se às 23 horas o seu telemóvel tocaria passados 10 minutos exactos.

Do outro lado ouviria a voz dele, ordenando-lhe que despisse a camisa de dormir, gesto que ela fazia sem pestanejar.
Dizia-lhe então que se acariciasse, que chupasse os dedos e os levasse húmidos aos bicos dos peitos, que o fizesse até que os sentisse duros, aí deveria morde-los, até que sentisse que estava excitada, que estivesse no ponto de percorrer a barriga, o baixo ventre e de se tocar. Por esta altura estaria bastante molhada e quente.
Agora ouvia-o dizer-lhe que não controlasse a respiração, que ofegante tentava esconder mordendo os lençóis, nada disso, ele queria ouvi-la arfar, gemer, aliás ele queria ouvir tudo, saber que ele estava molhada, ouvi a sua excitação, queria saber que ela estava pronta.

- “Implora”, dizia-lhe
- “Quero ouvir-te implorar. Quero que me peças para te tocar, para te lamber, quero que implores para que te faça vir.”
Ela gemia, já não era capaz de se calar, primeiro um dedo, depois o outro, e no fim vinha-se para ele, gemendo e gritando como sabia que ele gostava, alto para ele sentir o seu prazer do outro lado do telefone.

Um dia ela decidiu meter-se no comboio e visitá-lo, queria vê-lo, tocar-lhe, sem objectos de entremeio. Encontraram-se à beira mar, ele pegou-lhe na mão e sussurrou-lhe baixinho ao ouvido, como se estivessem ainda a falar ao telefone.
-“Vem comigo”

Levou-a a um motel onde a entrada se fazia de carro, estacionou o carro numa garagem que dava acesso a uma escada que desembocava directamente no quarto. Do caminho não se recorda, nem sequer se trocaram palavras, sabe apenas que se despiram com ganas de quem tinha o desejo na ponta dos dedos, para quem a paciência não era um atributo, mas apenas uma perda de tempo.

Desta vez não se falaram, sentiram-se, beijaram-se, tocaram-se, tiraram fotografias e filmaram-se enquanto entrelaçavam os corpos e saciavam uma sede que não conseguiam esquecer, noite após noite. Depois de terem dado largas a uma imaginação acicatada por horas de abstinência era já noite. Ele entrou no banho e pediu-lhe que o seguisse. Ela entrou e saiu, sabia que há relações que não se coadunam com esse grau de intimidade, e a deles ficava à borda da banheira.

Voltou para casa de comboio, trocaram um beijo de despedida e sabia que ao deitar-se às 23 horas o seu telemóvel tocaria exactamente dali a 10 minutos, não mais se voltaram a ver, mas todas as noites se amaram até à véspera do dia do casamento dele.

terça-feira, 17 de março de 2009

Porquê?


Como é possível sentir-me tão cansada quando tenho uma existência absolutamente vazia?

segunda-feira, 16 de março de 2009

Este post pode ferir susceptibilidades






"É uma questão de História lembrar que, quando o Supremo Comandante das Forças aliadas (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, etc.), General Dwight D. Eisenhower encontrou as vítimas dos campos de concentração, ordenou que fosse feito o maior número possível de fotos, e fez com que os alemães das cidades vizinhas fossem guiados até aqueles campos e até mesmo enterrassem os mortos.

E o motivo, ele assim explanou: 'Que se tenha o máximo de documentação - façam filmes - gravem testemunhos - porque, em algum momento ao longo da história, algum idiota se vai erguer e dirá que isto nunca aconteceu'.

'Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada façam'. (Edmund Burke)

Esta semana, o Reino Unido removeu o Holocausto dos seus currículos escolares porque 'ofendia' a população muçulmana, que afirma que o Holocausto nunca aconteceu...

Este é um presságio assustador sobre o medo que está a atingir o mundo, e o quão facilmente cada país se está a deixar levar.

Estamos há mais de 60 anos do término da Segunda Guerra Mundial em que 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos, e 1900 padres católicos que foram assassinados, massacrados, violentados, queimados, mortos à fome e humilhados, enquanto Alemanha e Rússia olhavam em outras direcções.

Agora, mais do que nunca, com o Irão, entre outros, sustentando que o 'Holocausto é um mito', torna-se imperativo fazer com que o mundo jamais esqueça."



Recebi esta mensagem por email,e publico:

Porque não está em mim esquecer, virar a cara e fazer de conta que nada aconteceu, ontem foram eles, amanhã podemos ser nós.

Porque já estive num campo de concentração e senti no ar a ansiedade, a humilhação, o medo, o desespero, e essa visita transformou-me, acordou em mim sentimentos que eu não sabia que tinha.

Porque embora não queira sequer pensar que no futuro outras formas de repressão podem aparecer, sei que neste momento há certamente pessoas que estão em qualquer parte do mundo a viver em ansiedade, humilhação, medo e desespero.

Porque nunca é demais recordar

Awards

Sexta feira 13 foi o meu dia de sorte, recebi em noite de prémios 3 a juntar a outro que já me tinha sido tão amávelmente entregue pela BlueVelvet .Vou passar a exibi-los!

O que é nacional é ....






Este menino é português, chama-se Bruno Rosendo é requisitado em Portugal e no estrangeiro, percebem porquê?

sexta-feira, 13 de março de 2009

Porto Seguro


(Rio Tejo, Belém 2009)

Por estes dias voltei ao Porto.

Gosto da cidade, de percorrer os Aliados, almoçar na Foz, calcorrear a Boavista, fazer compras em Santa Catarina, começar a noite na Ribeira e terminá-la onde calhar, beber café no Magestic e misturar-me com aquela gente de que tanto gosto.

Sei que é roteiro de turista, mas é isso mesmo que sou no Porto. Uma turista que lembra as viagens de comboio na ânsia de um desejo, a recordação de uma chuva que encobre as lágrimas de um sonho perdido, a memória de dois corpos desconhecidos que se fundem numa traição.

Sou também uma lisboeta com alma de dragão, que conhece a tranquilidade de um amor maduro, que se realiza numa ambição de familia comcretizada e que sente na palma das mãos o prazer de uma paixão sem desânimos, sem conflitos, na certeza de que foi no Porto que me perdi, mas em Lisboa que me encontrei.

quinta-feira, 12 de março de 2009

New Age


Sei que estamos na era dos computadores, dos telemóveis, dos mp3 e dos palm tops, mas será pedir muito encontrar uma escola para uma criança onde não haja televisão na sala?
Ps: Hei-lo, o homem mais bonito do mundo e arredores. Ladies and Gentlman Baby Gato!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Boas Notícias
































82 mil homens portugueses vão começar a ser mais afáveis, mais simpáticos a sorrir mais.

A Playboy portuguesa está aí, é só desembolsar 3,95€ para se poderem deliciar com as mais diversas beldades portuguesas em trajes reduzidos, com histórias escabrosas e eróticas de meninas que nunca fizeram nada na vida além de ter um palminho de cara, um rabo em forma de coração e uns implantes mamários doados pela clínica à qual farão certamente publicidade.

Eu acredito no bom senso dos jornalistas portugueses e claro no bom gosto de quem vai fazer a revista, porque se não acreditasse podia pensar que em vez da Isabel Figueiras ou da Diana Chaves, iríamos ter a Cinha Jardim ou a Maia, mas nesse caso em vez de sorrisos e simpatias os homens portugueses iam andar de sobrolho franzido e a violência doméstica lá ia disparar para números assombrosos.

Ainda assim fico satisfeita pelos nossos homens, aguardo uma playgirl em versão lusa, que não tenha na capa o Zézé Camarinha, mas antes o Ricardo Pereira ou o Afonso Vilela, que de desgraças estão as nossas ruas cheias.

Conversas de Café


Ele - Estou apaixonado por ti.
Ela - Estás nada!
Ele - Acredita em mim, estou apaixonado por ti
Ela - Acredita em mim, tu não está apaixonado por mim, queres é levar-me para a cama!

segunda-feira, 9 de março de 2009

50 anos

Pode parecer piroso, mas eu gostava de ser a Barbie, ter 50 anos e ainda ser jovial, elegante e bonita. Ser vestida pelos melhores tambem ajuda. Eu estou indecisa, ficava com todos, what about you? Experimentem passar o rato por cima da foto para ver os pormenores, delicioso!


1kg de Moreno e 1,5kg de Louro, porque hoje é Segunda-Feira, dia de homens bons aqui no blog da Gata




Desafio

Fui desafiada num relance para:

1 - Agarrar o livro mais próximo
2 - Abrir na pág. 161
3 - Procurar a quinta frase completa
4 - Colocar a frase no blog
5 - Indicar 5 pessoas para continuar a tarefa

E como não sou de virar a cara a desafios, o livro que estou mesmo a terminar chama-se "Todas as Almas" de Javier Marías e conta a história da estadia do autor em Oxford como professor e as relações inter-pessoais que estabelece com os colegas, nomeadamente com a amante, e a descoberta de uma nova paixão, a busca por livros raros e também por escritores malditos ou quase desconhecidos.

A quinta frase completa da página 161 conta: "Dayanand, lembrei-me, era um homem de cuidados, segundo pude ver no seu olhar ígneo durante aquela high table.

Agora passando o desafio:

1) SenhorduMal
2) Cris
3) Me
4) Finúrias
5) Cem

Boas leituras!

domingo, 8 de março de 2009

Uma semana na vida de uma mulher


Acordo de manhã, esperguiço-me e levanto-me para aquecer o biberão do rapazinho, limpo o xixi que a porca da cadela fez durante a noite, e outras coisas se as houver.

Enquanto ele bebe o leite refastelado na minha cama, tomo banho.

Pego nele e vou sentá-lo na sanita, enquanto ele está entretido eu visto-me, volto à casa de banho para o vestir, dar-lhe os remédios para a tosse, para o nariz, as vitaminas para isto e as outras para aquilo, lavo-lhe os dentes, as mãos e a cara, penteio-o e perfumo-o.

Alexandre não chora, a mamã dá beijinho no joelho que magoaste ao atirares-te para o chão, brincadeira preferida nos últimos tempos, larga a Puska que agora não te quer dar beijinhos, entretanto lavo os dentes e a cara , penteio-me e perfumo-me. Arrumo os brinquedos que ficaram espalhados no chão do quarto, tiro a manta de cima do sofá da sala, desligo a televisão o DVD e a box da Tv Cabo da tomada, que gasta que se farta. Já não há tempo para maquilhagens, vai ter de ficar para amanhã.

Anda lá que vais chegar atrasado para a ginástica; não, não podes levar a trupe de brinquedos atrás; não chora que a mamã tem um livro no carro; sim eu deixo-te abrir o portão da garagem, mas vá lá deixa-me ir “depositar” a cadela no lugar dela, antes que chegue a casa e tenha as almofadas roídas e os tapetes encharcados, podes dar beijinhos no animal sim, e festinhas também, mas agora já chega.

Deixo o meu menino na creche e vou trabalhar. Das 9.30 ao meio dia e meio estou por conta dos fornecedores e da tesouraria.

Saio para pôr gasolina no carro, fazer as compras para o jantar, se der tempo ainda consigo comer uma sandes ou uma sopa, num dia realmente bom vou à cantina e tenho direito a sobremesa e tudo. Vou a casa deixar as compras, limpar o xixi da cadela, e outras coisas se as houver, apanho a roupa e estendo a roupa lavada, acho que ainda consigo fazer as camas, faço umas festinhas na Puska e volto a deixa-la inconsolável.

Trabalho das 14 às 18 agora estou por conta das reconciliações bancárias, das emissões de cheques e das notas de pagamento, saio a correr quando toca a última badalada das seis da tarde, se chego depois das 18.30 tenho de pagar prolongamento na creche, são 5 euros por cada meia hora a mais, a acrescer aos 300 euros mensais.

Trago o boneco para casa, arrumo a roupa seca nas gavetas ou no cesto para a lavandaria, que essa é uma ajuda preciosa que não dispenso, uma vez que já tive de dispensar a mulher-a-dias por falta de dinheiro.

Faço o jantar e ponho a mesa, enquanto a criança se passeia por mim de carrinho, triciclo, de balão, bolas, livros e com a cadela a reboque. O pai chega e na maioria das vezes é quem dá o banho, e ultimamente o jantar ao petiz também.

Janto, levo o rapaz para a cama, tento ler-lhe uma história, cantar-lhe uma canção, o que for para o manter calado, senão o berreiro é de 20 minutos.

Arrumo a cozinha, lavo loiça, ponho a restante na máquina, tento beber um café enquanto lavo as bancadas e ponho os restos do jantar em caixas hermeticamente fechadas no frigorífico. Recolho a roupa que está espalhada pela casa, ponho a roupa na máquina. Arrumo a casa de banho que ficou desaustinada depois do banho, os brinquedos que ficaram por arrumar ficam encostados num canto para de manhã os encaixotar, agora já não posso que ele dorme.

Sento-me na sala, são quase 23 horas e não sei onde se me foram as energias, tento ver um episódio de CSI, ou outra coisa do género, já não há cabeça para ver notícias.

Os dias mais descansados, são aqueles em que depois do trabalho rumo a Lisboa para o part-time eventual, trabalhar é um descanso, sem marido, filho nem cadela. As minhas folgas são o meu segundo emprego, que eu já fiz apenas por gozo mas que cada vez mais faço por dinheiro. E as manhãs de Sábado dão-me umas horas para mim, acordo cedo e vou ao yoga, medito, estico-me e ainda consigo ir tomar o pequeno almoço ao café, um pequeno luxo a que se me juntam os meus homens, e estou de volta à loucura do dia a dia, mas agora com a certeza de que vou ter à minha espera, a limpeza do pó, a lavagens das casas de banho e da cozinha.

No fim do dia, estou vencida pelo cansaço, o pai tratou de entreter o Alexandre, com sorte até aspirou e lavou o chão, poupando-me as costas. Amahã tento descansar, se não trabalhar no teatro vou passear com o babe depois de fazer o almoço e arrumar a cozinha enquanto ele faz a sesta, ou então acabo por me sentar no sofá, em frente à televisão a ver a primeira coisa que se me apresentar, com perguiça demais para sequer fazer os quadros de ponto cruz de que tanto gosto, e estão em stand by há muito tempo, ou mudar de canal.

sábado, 7 de março de 2009

I'm feeling...so Chanel




My name is 2000, Gata2000!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Porque amanhã é Sábado

Livro Vermelho


Alguém me pode dar indicações sobre qual o departamento a que me devo dirigir para reclamar o meu corpo de volta?

quinta-feira, 5 de março de 2009

Gosto de desafios



Parece que só este senhor é que percebeu que gosto de desafios! Por isso aqui vai, com grande reverência uma vénia para ti.

"Sentidos Nostálgicos

"Entrei no café. Como sempre, vinha cedo demais, ainda faltava aí meia hora para a hora que tínhamos combinado. Sentei-me na mesa que um espião escolheria, uma que estava esquecida a um canto e de onde podia ver tudo sem que tudo me pudesse ver, pedi um sumo de laranja. Não que me apetecesse, mas para pagar o tempo de ali ficar." In, Para averiguar do seu grau de pureza, Jacinto Lucas Pires

Gosto de locais escuros, esconsos, gosto de me enroscar na penumbra, em jeito de clandestinidade, tem cheiro a pecado.
Daqui a pouco chegará a Raquel, de seguida aparecerão o Pedro, o Tiago e por fim o Nuno, depressa a mesa se vai encher de conspirações em que cada um vai delinear estratégias para combater, ideias brilhantes com pouco futuro que nos fazem cintilar os olhos.
É assim todas as semanas, gostamos de pensar que estamos a trabalhar para o bem comum, que naquele café, durante as horas em que nos encontramos e conseguimos debater todos os assuntos que achamos da mais extrema importância, estamos a fazer andar o país.
Agora que estou sozinha, que a Raquel ainda não chegou, que o Pedro está certamente atrasado, que o Tiago vem a caminho, e que o Nuno ainda nem terminou o jantar, sei que esta nossa comunhão não vai ser eterna.
É nesta meia hora que precede as nossas reuniões que me dedico a organizar a cabeça, e sem quaisquer influências externas ouço-me pensar.
Sei que estes nossos encontros não irão durar para sempre, a eternidade não é o lugar para relações como a nossa, certamente terminará quando nos virmos adultos.
Para o Nuno, que gosta de títulos e prefixos, sem que isso envolva trabalho, vai acomodar-se quando o chamarem de Sr. Engenheiro e lhe derem um cargo de Director Geral, embora sem qualquer tipo de poder efectivo. Com a Raquel será a carreira que lhe consumirá as energias, sem necessitar de se envolver em mais deliberações estéreis. O Tiago e o Pedro continuarão a ter aspirações, e embora veja maiores capacidades intelectuais no segundo, sem os apoios do primeiro não conseguirá vingar. Este é um mundo que não se compadece de oratória sem que esta seja acompanhada de números. Eu acabarei por me esgotar com a família, sei-o, não o temo nem me censuro, toquei de perto o poder que seduz, e consegui não me deixar corromper.
A minha meia hora está quase no fim, bebo um pouco do sumo, está ácido, creio que lhe sinto o sabor a saudade.


quarta-feira, 4 de março de 2009

Hoje acordei com vontade de...


Te desabotoar a camisa, botão por botão, esfregar-me em ti até te sentir crescer, lamber-te o lóbulo da orelha, beijar-te a boca, morder-te os mamilos, tirar-te das calças o cinto, fazer correr o fecho, tocar-te, sentir-te, atormentar-te até que me digas baixinho....- "Já não posso mais"

A pedido...


terça-feira, 3 de março de 2009

segunda-feira, 2 de março de 2009

Voltei

Depois de uma semana inteirinha em casa, estou de volta.
E quero deixar aqui um pedido, não me deixem mais voltar a um congresso do PS, por favor, eu acabo por não resistir ao carisma do homem, e acho que depois de tanto discurso bom, vou voltar a votar nele.

Will anyone shoote me?