terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Movimento Voto Branco





Aos mais de 50% de portugueses que decidiram ficar em casa no Domingo deixo-vos uma ideia - Vote Branco como sinal de protesto.

Ouço dizer por aí que as pessoas estão cansadas de políticos, fartas dos tipos que nos governam, porque eles são uns ladrões e uns corruptos, mas quando chega a altura de expressarem o seu desagrado fazem o quê?! Ficam em casa a roçar o cú pelos sofás.

Malta abram o olho, se não votarem não se podem queixar, porque no mínimo são coniventes.

Da próxima vez que sentirem que os candidatos são todos abaixo de cão, levantem o rabinho, caminhem pelas vossas perninhas até à escola mais próxima e votem em BRANCO - se o sistema informático não vos permitir na altura, insistam, a teimosia compensa, palavra de teimosa - assim podem queixar-se à vontade, coisa que mais de 50% dos portugueses nunca poderão fazer de consciência tranquila relativamente ao actual Presidente da Republica.

7 comentários:

Dudaninha disse...

Eu até dizia para irem lá pintar umas coisas feias em cima das fotos dos senhores mas tens razão, fazer um pequenino esforço para simplesmente meter o raio do papel na urna é tudo o que basta! Arre que é mesmo difícil esta malta abrir o olho!
Ai... :)

FATifer disse...

Completa mente de acordo mas eu vou um pouco mais longe, para mim o voto devia ser obrigatório. Sei que não é pacífico, que há uma quantidade de questões burocrático-logísticas que se levantam mas mantenho a opinião. É uma questão de direitos e deveres e como dizes autoridade moral para se queixar, mesmo saibendo que neste país pouco serão aqueles que sequer saberão explicar tal conceito! :(

Beijinho,
FATifer

Gata2000 disse...

Dudaninha - É bom saber que não sou a única a pensar assim.

Gata2000 disse...

FATifer - Sou grande adepta do voto obrigatório com direito a multas e tudo e tudo, mas desta vez achei por bem ir pelo caminho pacifíco :)

Anónimo disse...

Olha, concordo também contigo e com o FATifer.

Depois do que custou a grande parte da humanidade obter o direito ao voto, fico indignada quando vejo uma pessoa, sobre tudo se é mulher, a dizer que não vai votar porque está muito melhor em casa ao domingo.
Voto obrigatório é que era, e com direito a multa e trabalho comunitário.
Assim aprendiam essas gentinhas que tiveram tudo de mão beijada e só sabem queixar-se e não fazer nada para mudar as coisas!

Anónimo disse...

Votar em branco é uma completa estupidez. Para quem não sabe o mecanismo de voto fica a saber: só os votos nos candidatos apresentados contam, tudo o resto seja abstenção, brancos ou nulos só servem para exibir estatísticas após a atribuição de lugares.

No período de eleições tudo são esquemas para caçar tachos. Votar em branco é como cuspir para o ar, sentes-te livre num momento e lixado por vários momentos.

Por essa lógica também se podia argumentar que nas legislativas se só 50% dos eleitores inscritos votarem, então a Assembleia só deve ficar preenchida a 50%. Até seria lógico porque estão a ser escolhidos representantes de quem vota, mas não é assim que o sistema funciona.

FATifer disse...

Peço desculpa à dona deste espaço mas uma vez que não respondeu ao anónimo acima vou responder porque me apetece.

Caro anónimo,

Com todo o direito que tem à sua opinião parece-me que a sua visão é demasiado prática. Não tem de nos ensinar que o voto em branco não elege ninguém nem impede a eleição de quem quer que seja. A questão do voto em branco é uma questão de ilações/consequências políticas (que até poderei concordar consigo que nunca são tiradas neste país). Embora este presidente se esteja nas tintas para isso (ou talvez não pois tentou negá-lo) a legitimidade que tem com uma abstenção como a que se verificou é muito menor do que se fosse apenas de, digamos, 10%.
O voto em branco no nosso sistema (em que o voto não é obrigatório) é, na minha opinião, uma afirmação muito mais forte do que se o voto fosse obrigatório pois a pessoa deu-se ao “trabalho” (à luz da mentalidade vigente, na minha apenas cumpriu o seu dever) de votar e não escolheu nenhum, salientando assim a sua ideia que nenhum dos candidatos/propostas estão à altura do que acha o mínimo aceitável.
Na prática, tem novamente muita razão, não dá em nada mas escolher por escolher dá no que temos actualmente: 2 partidos que dividem o poder e mais uns quantos que só têm ilusões de lá chegar. Um conjunto de “esquemas para caçar tachos” que acaba por ser legitimado porque votamos no que achamos o mal menor é isto que defende?

A sua mente iminentemente prática poderá achar o exercício uma perda de tempo mas colocando a hipótese (utópica) de que há um eleição com 90% de votos em branco, que legitimidade política terá quem foi eleito?

Cumprimentos,
FATifer