quarta-feira, 9 de março de 2011

Pirata




O meu filho mascarou-se de pirata pelo segundo ano consecutivo.
Nos dias que correm achei eu, que todos nos temos de defrontar com orçamentos familiares rígidos, onde é dificil conseguir que o dinheiro chegue para tudo, escola, prestações, vestuário, calçado já para não falar das outras contas que todos os meses nos aparecem imperetrivelmente na caixa do correio , vindas sabemos nós bem de onde, mas dificilmente entendendo como se pode gastar tanto em tão pouco.
Pelo que decidimos que se o fato lhe servisse, pois que não haveria necessidade de gastar mais num item que ele não iria usar mais de umas poucas horas, à semelhança aliás do que tinha acontecido no ano anterior.
Na semana passada, em conversa de hora de almoço com as minhas colegas de trabalho, comentava eu que em caso de lhe servir o fatito lá iria ele alegremente de pirata para a escola, ao que uma das meninas me perguntou: “E ele não se importa!?”
Minha cara lá em casa quem manda somos nós, se nós achamos que ele vai com a mesma fatiota do ano anterior, ele lá tem de se importar?
Será que as pessoas se esqueceram que as crianças não são mais que isso, crianças, e que os adultos é que têm de tomar as decisões?
O pirralho ficou muito, muito contente por ir de pirata, brincou tanto como se tivesse ido com uma máscara nova, a única queixa prendeu-se com o facto de eu ser uma mãe anti belicista e não o deixar ter armas, e de ser o único que na sala não tinha espada ou arma, mas como a imaginação é uma arma, ele fartou-se de lutar com a sua espada fictícia.

7 comentários:

TM disse...

Não deixa de me assustar o número de pessoas que tem uma mente tão pequinina....
Como se uma criança precisava de uma máscara nova para se divertir...

FATifer disse...

A tua colega que te pergunto se o teu filho se importava deve ser do mesmo clube da mãe que um dia vi no supermercado, na banca do peixe com a filha que não devia ter mais de 3 ou 4 anos a perguntar-lhe:”que peixe quer?” e depois voltei a ver no balcão dos iogurtes a perguntar: “qual é que quer?”
E depois estranham quando os meninos já mais crescidos se viram a eles porque eles lhes disseram que “não”…

Beijinhos,
FATifer

Goldfish disse...

Perco a conta todos os anos aos meninos que, vê-se à légua, têm uns pais como a tua colega... E só não repito o elogio que sempre vos faço (mãe e pai) para não me repetir, mas lá que admiro o vosso "trabalho", admiro!

Gata2000 disse...

TM - Ora nem mais!

Gata2000 disse...

FATifer - Isso se algum dia os pais lhes disserem que não, o que sinceramente duvido. Já a vida, essa vai dizer-lhes não muitas e muitas vezes, e eles não vão estar habituados.

Gata2000 disse...

Goldfish - Kiducha!!!
E já agora, olha lá quando me vais dar um/uma sobrinho/sobrinha para eu admirar o vosso (tu e o teu mariducho)trabalho?! Isso... e já agora para ser madrinha da criançada.

Sim é uma proposta ;)

Cat disse...

Há pais que se esquecem da responsabilidade de ser pai, depois queixam-se...
Quando era miuda vestia roupa em segunda mão (de irmãos mais velhos, amigos ou vizinhos) e ficava toda contente porque para mim era tudo novo. Outros tempos...