sexta-feira, 29 de maio de 2009

Fragmentos de prazer

Durante as palestras houve um italiano moreno de olhos verdes que a cativou, não sabia se era o seu tom de voz melodioso ou se era talvez o seu ar sensualmente feroz que a tinham atraído, mas a verdade é que depois do jantar tentou encontrar-lhe o rasto.
Procurou-o no bar onde o encontrou na mesa de uma das suas colegas, aproximou-se e sentou-se bem do lado dele, perna com perna, sentindo-lhe o aroma suave a âmbar e cedro, que sabia constavam do perfume que ele usava, igual ao do namorado que deixara esperando por si em Lisboa.
A mesa estava bastante animada e o convívio entre portugueses e italianos era sempre bastante aceso, bebia-se bastante vinho, cantava-se, batiam-se palmas e havia uma alegria latente, misturada com uma grande dose de pura sedução.
A nuvem de fumo que sobrevoava as suas cabeças estava a entontecê-la, bem como os já bebidos 4 copos de vinho Chianti que tanto gostava, mas que não estava habituada. Esse leve torpor que lhe percorria o corpo acentuava-se de cada vez que o seu corpo tocava levemente no dele.
Decidiu levantar-se um pouco, sair e apanhar ar para recuperar o fôlego que lhe começava a faltar, aquele homem de cada vez que a olhava fazia com que estremecesse, e embora estivessem quase colados na mesa, ainda não tinham trocado palavra.
Ao sair deparou-se com uma bica mesmo em frente das escadas, era um tipo de chafariz, imaginou que pelo tamanho da torneira de pressão servisse para encher garrafões, o calor colava-se-lhe ao corpo e aos cabelos desgrenhados, pensou que se metesse a cabeça debaixo de água pudesse retomar o controlo que lhe ia falhando e ao mesmo tempo enganar o calor que lhe escorria já pelo corpo.
Levantou a cabeça com a água a escorrer-lhe pela roupa, ficando assim ligeiramente transparente e com as curvas do corpo ainda jovem visíveis, apetecíveis, pelo menos foi assim que ele a viu, aquela que tinha colado o seu corpo ao dele durante toda a noite. Embora não tivessem trocado uma palavra ele sentia-lhe o aroma suave a jasmim e tangerina, os seus cabelos castanhos e longos quase se prendiam na sua barba de 3 dias que ele se esforçava por manter casual. Quando a viu levantar, um frio percorreu-lhe o corpo, como se parte de si mesmo lhe tivesse sido arrancada e sentiu um desejo enorme de a seguir, de lhe tocar as coxas que tinham sido só suas a noite inteira, de lhe sentir o sabor dos lábios. Agora que estavam frente a frente no inicio das escadas que levavam ao interior do bar, ambos se tinham agitado, loucos de tesão, um frenesim acudia-lhes os corpos.
Ele puxou-a a si agarrou-lhe a cabeça pela nuca, puxando suavemente os seus cabelos, o que a fez gemer de prazer, beijou-a com loucura enquanto lhe perscrutava o corpo com umas mãos ávidas, ela deixou-se em abandono nos braços dele, sem conseguir proferir palavra e com um desejo que lhe toldava o pensamento. Caminhou empurrada para a lateral do edifício onde os seus colegas se divertiam no interior, ele sentou-se no chão e puxou-a a si, lambendo-lhe o pescoço, enfiando-lhe a língua no ora ouvido ora na boca, meteu-lhe ambas as mãos dentro da roupa molhada e apertou-lhe os seios o que a ia deixando cada vez mais louca, mais ansiosa, e sem pensar soltou-lhe o cinto das calças, abriu-lhe a braguilha e tirou para fora o sexo duro que suplicava pelo conforto da boca dela, chupou-o com uma sensualidade lânguida, sem pressa, sem medos, sem razão. De repente agarra nela e vira-a de costas para si, ainda sentado do chão, com uma vontade louca de a penetrar, puxou-lhe as calças até meio das pernas desviou-lhe as cuecas para o lado e obrigou-a a sentar-se em cima dele, obrigou-a a cavalgar, primeiro apenas a cabeça do sexo, depois profundamente sentindo todo o seu interior apertando-lhe o membro de forma suave ao inicio e depois com uma rapidez que o enlouqueceu.
Ele não se conteve e teve um orgasmo, contorcendo-se e pulsando, empurrou o seu corpo para cima e encostou-a à parede com arrebatamento.
A ela parecia-lhe que a vida tinha parado naquele momento, esqueceu-se do namorado que esperava por ela em Lisboa, esqueceu-se dos colegas que se divertiam no interior da parede fria e a sua cabeça era uma espiral de vazio, um abismo onde se tinha deixado ir, uma vertigem de prazer a que se tinha entregue. Para ela não havia mais nada o mundo senão a mão dele dentro das suas cuecas, explorando-lhe o sexo, a língua dele enfiada no ouvido, os beijos lascivos no pescoço, o frio da parede, a mão, a língua, o sexo, o sexo, o sexo.
Encostada na parede perdeu o norte, sentiu o corpo estremecer, sentiu o sangue percorrer-lhe o corpo, sentiu as pernas desfalecerem, e sentia ainda a mão, a língua, o sexo e a parede fria, e quando a vertigem passou e ela abriu os olhos restava apenas o frio da parede, e a parede fria, e o frio.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Amigas preciso de ajuda.

Mail enviado por uma amiga minha.
"Chamo-me Patrícia e sou alcoólica...
É a primeira coisa que se diz quando se vai a uma terapia: Sinto muito, mas caí no vicio...
Há momentos em que tudo se afunda e já nao podemos mais... Por favor...
Não me chames de covarde, porque cheguei ao meu limite.
De alguma maneira eu tinha que refugiar-me, pois sentia-me tão sozinha...
Não me olhes assim, porque...
Depois de ver isto...
Você também cairá no maldito vício!!







O que eu respondi à minha amiga:

Esqueçe lá a terapia, assume-te mulher, foi o que fizeram todas as mulheres felizes que conheço!Somos viciadas e gostamos! Como diriam os espanhois: OLÉEEEE

terça-feira, 26 de maio de 2009

Hoje aqui fala-se de ...

...OBRAS PÚBLICAS
A minha formação académica é na área de Economia, e o "post" sobre o aeroporto da Portela fez-me pensar no sempre presente cepticismo em tempos de crise em relação a obras publicas.
Já aconteceu no tempo de Cavaco Silva com Ferreira do Amaral, depois no tempo de António Guterres com Jorge Coelho, e avizinham-se agora grandes discussões sobre a matéria.
Não consigo compreender a intolerância às obras publicas e a demagogia fácil de que em tempos de crise não se deve gastar dinheiro em obras não essenciais. A verdade é que a obras publicas são um catalisador da economia no seu todo, diminuem o desemprego sazonal, estimulam a indústria e todas as empresas de retalho ou serviços satélites das indústrias que servem as obras.
Se não tivesse havido essa visão por parte de alguns dos nossos governantes, neste momento ainda andávamos de carroça, não tínhamos rede de transportes, não havia a possibilidade de circulação de mercadorias, ainda levávamos 7 horas para chegar de Lisboa ao Porto, faltavam os hospitais as creches as escolas ainda assim poucos para servir a população, não havia complexos desportivos para a prática de desporto tão fundamental para uma vida saudável e bem como para o crescimento dos nossos filhos, não poderíamos ser eficazes na exportação dos nossos produtos e estaríamos orgulhosamente sós no nosso canto periférico que a não ser inteligentemente explorado no continuará a remeter para um segundo plano na Europa.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O que é nacional é ....









(Ricardo Pereira, actor)

...é BOM !

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Quem é que se queixa de ter um aeroporto na Portela?






Ora toma lá uma lição!

Este é o aeroporto de Gibraltar, para que os aviões possam passar e aterrar é necessário cortar o trâsnsito de uma das avenidas do burgo com uma cancela.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Porque as mulheres dominam o mundo?




Porque sabem exactamente o que querem e como consegui-lo. Uma questão de inteligência?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Fado

O fado traz-me à lembrança muitas das viagens que fiz por terras estrangeiras em representação da nação.
Digamos que não foi uma grande representação, embora conseguíssemos ter sempre o gajo mais bêbado do acampamento e muito provavelmente a maior quantidade de quecas garantidas pela maioria masculina da delegação.
Nestas viagens conheci Budapeste, Viena de Áustria, Barcelona, Salzburgo, Atenas, Amesterdão, Bucareste e Alicante, além de outras terrinhas perto do mar em alguns dos países acima indicados mas das quais não me lembro do nome.
Mas recordo cada momento que passei na companhia de pessoas que conheci nessas minhas viagens e com quem estabeleci laços de amizade estreita que nunca serão quebrados, tanta foi a cumplicidade e a intimidade a que nos entregámos.
O lago idílico onde nos banhámos, as floreiras pejadas de coloridas flores nas janelas, as caipirinhas gigantes ao preço da chuva, a música que levávamos atrás para onde quer que assentássemos arraiais, as águas surripiadas porque não se nega a ninguém especialmente se estiverem 40 graus à sombra e o preço for exorbitante, os teatros magnificos, o jantar no Danúbio e a ópera de Mozart em minha honra "Miau, Miau, Miau" num palácio maravilhoso, os jardins refrescantes, a nossa sangria e a pasta italiana.
Era inevitável que a representação portuguesa subisse ao palco na noite internacional, e era sempre com grande afinco que estudávamos nos dias anteriores as letras das músicas com que iamos presentear os restantes convivas, à excepção do "Grandola Vila Morena", todas as outras subidas ao palco foram com um fado na alma e a saudade no coração, ao descermos o que ouviamos era sempre a mesma frase: "como é possível serem tão poucos e fazerem tanto alarido", não que os nossos dotes musicais fossem maus, claro que sim, mas a razão de tal comentário devia-se sempre ao facto de sermos falados pelo acampamento, porque os seguranças procuravam o David para uma miuda lhe tirar uma fotografia, porque o Junior consquistava a pista de dança quando punha a sua música de DJ mundialmente famoso, porque o Pedro estava a dormir em cima da mesa do pequeno almoço, porque eu me batia com os alemães quando estes insinuavam que o nosso país estava ao nível da Itália em corrupção, porque cantávamos à desgarrada com os italianos, os franceses e mais os qe viessem e faziamos sempre mais barulho que eles, embora estivessemos claramente em desvantagem numérica.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O que é nacional é ....







(Filipe Duarte, actor)
... é BOM!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Orgulho, pecado bom

Nos dias em que me sinto mais em baixo faço um exercício simples, penso em tudo o que já fiz e de que me orgulho, assim sei que valho mais do que aparento e que esta minha fragilidade se transforma em força sempre que preciso dela.
Gosto de me recordar da minha explicadora de matemática do 9º ano, de como ela me fez ganhar forças para enveredar pela área ciências ao dizer-me que de facto eu não tinha “queda” para os números e que devia escolher as línguas onde tinha realmente muita facilidade. Nunca o fiz, mas creio que me daria particular gozo dizer-lhe que conclui uma licenciatura em Economia sem ter nunca necessitado de uma explicadora, nem sequer a cálculo.
Consigo visualizar a cara da colega que no 12º ano me disse que sentia por mim uma profunda admiração porque me sabia determinada em cumprir os objectivos a que me propunha, mas não consigo pronunciar o seu nome, há tanto tempo já esquecido entre os resíduos que ficaram na memória.
É com carinho que recordo o fisioterapeuta que adiou por tempo indeterminado a sua reforma depois de ter iniciado comigo um tratamento que durou cerca de 1 ano. No dia em que deu por terminado o seu trabalho de recuperação disse-me que quando me olhou pela primeira vez pensou que eu não fosse voltar a andar a 100%, hoje embora tenha diagnosticada uma incapacidade de 20% entre pernas e braços, quem me vê passar na rua não imagina o que me esforcei para voltar a ser “normal”.
Tive sempre que lutar para ter o que queria, nunca virei costas a um bom desafio, acho até que são estes que me impelem a continuar, orgulho-me de ter começado de raiz sem ajuda de ninguém e sem nunca ter tido sequer contacto anterior com a função um departamento financeiro, incipiente é um facto, mas ainda assim a base o que hoje é feito na empresa.
No dia em que conheci o meu marido, olhei-o sentado na mesa do café e pensei que se tivesse alguém como ele do meu lado seria fácil de assentar.
Chorei no último filme que vi do Brad Pitt – “O Estranho Caso de Benjamin Button” – por causa de uma frase que dizia algo como - vive uma vida da qual te orgulhes, e chorei porque achava na altura que nada havia de que me orgulhar.
Mas estava enganada, há muito para me orgulhar do que sou, do que faço, de quem realmente vive dentro deste meu corpo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Viver

Poucas são as vezes que paramos para pensar nas coisas que realmente são importantes. Aquelas que só por existirem nos fazem felizes, o nosso chão.
Quando me dou ao trabalho de parar de viver e pensar, compreendo que o que eu realmente preciso para ser feliz é muito pouco:

- Que o homem que amo continue do meu lado a tratar-me como uma princesa como o tem feito até hoje;
- Do amor incondicional da minha mãe, que embora por vezes sufoque sabe sempre a pouco;
- Sorrisos nos lábios do meu filho para me mostrar que contraria as estatísticas e é verdadeiramente uma criança feliz;
- As birras e implicações do meu avô, que eu sei me ama do coração e que faz por mim tudo o que a vida lhe permite;
- O mimo doce e carente da minha cadela linda que se sente sempre melhor quando se enrosca em cima de mim e me prende os movimentos;
- Os amigos que estão do meu lado nos dias mais difíceis e que me ajudam a suportar as agruras com que a vida por vezes nos presenteia;
- Tantas vezes esquecida, a saúde que por me acompanhar de perto me permite desdobrar e ser mãe, mulher, filha, dona de casa, profissional e ter tantas outras “eu” dentro de mim;
- Trabalho, nos dias de hoje quem tem trabalho tem sorte, mesmo que este não seja aquele que idealizou em tempos idos de juventude, mas creio que poucos são os que escolhem uma profissão que os satisfaça como eu que vivo insatisfeita com a que escolhi, ainda que os orgulhe tal como eu me orgulho da minha.

Hoje parei de viver apenas para pensar nas coisas a que realmente dou importância e percebi que a felicidade se esconde nos mais pequenos gestos de amor e amizade, no céu azul e no mar imenso, no abraço de uma árvore e no doce cheiro de uma flor. Afinal a vida pode ser tão simples, basta que queiramos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A minha primeira desilusão

E postado hoje no mesmo sitio

"Afinal as dores do crescimento são bem mais lancinantes do que eu poderia imaginar, ontem o Alexandre deu-me a minha primeira desilusão.
O nosso ritual costuma ser chegar a casa depois da escola pegar na Puska e ir passeá-la, ficamos na praceta e esperamos que a Madalena apareça. A Madalena vive a nossa praceta e até há 1 mês atrás estava na mesma creche e na mesma sala que o Alexandre. As saudades resultantes deste afastamento têm sido colmatadas com encontros fortuitos ao final da tarde, iniciados quase sempre por abraços sentidos e terminadas com beijinhos de até amanhã.
Ontem como estava fresco e a Madalena já estava em casa quando nos cruzámos com a mãe dela esta sugeriu que o Alexandre fosse brincar um pouco com a menina em casa dela, enquanto eu passeava tranquilamente a Puska. Depois de ter levado a cadela novamente para casa fui buscar o Alexandre que me saudou à porta dizendo: “Eu vou fazer-te um cafezinho, anda dá-me a mão.” E lá me levou ele pela mão até ao quarto da Madalena.
Quando chegou a hora de irmos embora, que ainda havia muito para fazer pois tínhamos de tomar banho, fazer jantar e preparar para dormir, o Alexandre começou a chorar, o que não é propriamente uma novidade para mim, pois bem sei que quando contrariado costuma revelar o seu descontentamento com uma sonora birra. Mas a birra de ontem foi diferente, apossou-se dele uma violência que lhe desconhecia, bateu-me. Com as mãos, com os pés, conforme podia e onde chegava tendo inclusivamente deixado uma grande marca da dentada que me deu no braço.
Partiu-me o coração, deixou-mo em cacos tão pequeninos que ainda hoje estou a tentar colá-los.
Não reconheci o meu menino meigo, de sorriso fácil e trato dócil. Não reconheci aquele que se prostrou a meus pés, vermelho de raiva enquanto grossas lágrimas lhe escorriam pela face. Não reconheci naquelas palmadas de mão aberta, nem nos pontapés que desferia, o meu bebé.
Não consigo sequer compreender o que se passou, não vive num ambiente onde possa sequer imaginar tal violência, não houve alteração nos nossos comportamentos, e não quero acreditar que o crescimento passe também por aqui.
Hoje dói-me a alma, porque além de tudo o que ele fez me obrigou a dar-lhe duas palmadas e a pô-lo de castigo, ficou no quarto, em pé na cama de grades a chorar pedindo desculpa, dizendo que não voltaria a fazer, chamando por mim, enquanto eu tentava pegar nos cacos espezinhados no chão do que restava do meu coração."

Pára tudo

Postado ontem, pour moi même aqui

"Pára tudo!!

Não percebo como é possível que tenham passado 2 anos e meio desde que o meu bebé se intrometeu na minha vidinha.
Não é possível a velocidade vertiginosa a que ele cresce.
Acho que estou nostálgica de quando o agarrava durante horas e horas e não era empurrada, lhe dava os beijinhos que bem entendia sem que ele me fugisse, lhe fazia festinhas sem ouvir “já chega, não quero mais”.
Nos últimos 2 anos e meio o furação Alexandre alterou em tudo aquilo que eu conhecia como sendo, “a minha vida”, hoje já pouco me lembro de como era antes de ele ter nascido. Não trocava por nada deste mundo toda a felicidade e ansiedade que ele trouxe para o meio de nós, nem tão pouco trocava as noites mal passadas entre fraldas, cólicas ou pesadelos por noites em branco numa discoteca qualquer.
De cada vez que fico sem ele, é como se um pouco de mim ficasse preso num qualquer beco escuro, apenas aguardando a hora de o ver para sair do beco e abraçar o sol.
Todos os dias me questiono, como é possível que um niquinho de gente me tenha transformado numa verdadeira crente, pois acredito que ele é o meu milagre.
Tenho saudades dele pequenino, indefeso, completamente dependente de mim, soa a egoísmo eu sei, mas talvez seja esta a forma que a natureza encontrou de me dizer que está a chegar a hora de “encomendar” o próximo. Até lá vou aproveitar cada momento do meu pirralhito de 90cm, é que nestes 2 anos e meio ele já se desprendeu do cordão umbilical e eu tenho todos os dias de aprender a soltá-lo um pouco mais, porque já não quer os meus milhões de beijos dizendo “mas já recebi 2 beijinhos”, porque já não precisa do meu colo “eu consigo andar sozinho”; porque já me sabe rabear depois de me dar um tapa no ombro zangado por eu não o deixar ir brincar e dizer “era só uma festinha”; porque já não o consigo ter só para mim pois “eu vou só ali buscar uma coisa, não fica triste”.

Pára tudo!! Pára o relógio, pára o tempo, pára a vida, só para que eu possa ter o meu bebé, bebé por mais tempo. Não posso? O tempo não dá para parar, o relógio por mais que se atrase não espelha o ritmo da vida e o bebé já não é bebé, é como ele próprio diz, um rapazinho, um rapazinho que não pára de crescer e de fazer a minha vida um mar de alegrias, tristezas, incertezas, seguranças, e muita, muita magia, sem a qual não sei mais viver."

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tou com a neura de Segunda de manhã





























Quem me leva a ver este borracho ao cinema? Anyone??

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Hoje ....


... sinto que fiz as pazes comigo e com o mundo.

(O pentagrama representa os quatro elementos místicos: fogo, terra, ar e água, superados pelo espírito.)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Tem sogra que é fogo

Embora goste muito da minha sogra e lhe esteja até bastante grata por me tornar a vida mais fácil em diversas situações há coisas que me fazem comichões mesmo que eu tente fazer-lhes vista grossa.
Tenho para mim que por vezes é melhor não emitir opinião para não azedar as relações, até porque sei bem a influência que uma mãe pode ter num filho e sei que no dia em que a minha relação com a sogra se alterar por alguma razão, sofrerei as consequências em casa, por isso e porque até agora as divergências que possamos ter não se me assemelharam a algo de grave.
Ainda assim irrita-me o facto de eu não dar doces ao meu filho em casa por achar que ele tem muito tempo para enfardar açúcar e a sogra ter sempre um doce para lhe acenar, o que sinceramente não me incomoda por aí além, mas fico furiosa quando digo que é para ficar por ali, e ela responde às solicitações do puto com um:

- “Não posso dar mais porque a mamã não deixa.”

Esta situação aconteceu mais do que uma vez, pelo que depois de ouvir a mesma frase mais de 2 vezes a chamei a atenção, não é que a mãe não deixa, é que ele não pode comer mais e pronto!
Implico com a maneira como ela tenta imiscuir-se na educação que lhe dou, porque não se pode “puxar” pelo menino que no dia em que for para a escola vai sentir-se desmotivado. Ela passa com ele um dia por semana, e com sorte que eu não me importo de prescindir do meu tempo para o levar lá a casa, eu passo todos os dias da semana com ele, quem melhor sabe o que ele aprende ou não? Que culpa tenho eu se ele aprende os números por os ver todos os dias no elevador, ou se sabe contar até 10 porque lhe canto a canção do “Come a papa Joana” desde que ele começou a comer de colher, se conhece as cores porque brinca com as molas da roupa coloridas. Eu não “puxo” por ele, ele é que dá o que tem, não o vou limitar porque um dia pode fiar “desmotivado”.
A próxima vez que contrariar uma ordem minha dada ao meu filho, o pai já foi avisado de que vai ser chamada à atenção. Quando eu digo que o menino não vai buscar uma folha branca ao escritório para a rasgar e lhe fecho a porta, porque razão há-de ela ir abrir a porta e dar a folha ao rapazinho. Quem manda nele sou eu, sou eu que o educo, mesmo estando em casa dela, a minha palavra é ordem, não é para ser contornada.
São visíveis os ciúmes que tem da minha proximidade com o miúdo quase desde que ele nasceu, não me incomodam, nunca incomodaram, já o facto de ela o ter sentado ao lado dela no dia da Mãe, exactamente na ponta oposta ao meu lugar me pareceu a cereja no topo do bolo. Claro que depois do almoço ter acabado ele foi todo meu, e portanto minimizei aquele assumo de pertença que lhe deu, mas prometo que não volta a acontecer.

E que tenha um ataque de mau feitio, que ainda não conhece o meu….

Pensamento do Dia

"Aquilo que você der a uma mulher, ela vai tornar maior. Se você der o seu esperma, ela te dará um bebé. Se você lhe der uma casa, ela vai dar-lhe um lar. Se você lhe der compras de mercearia, ela vai dar-lhe uma refeição. Se você lhe der um sorriso, ela vai dar-lhe o seu coração. Ela multiplica e amplia o que lhe é dado. Portanto, se você lhe der qualquer porcaria, esteja preparado para receber uma tonelada de merda. "

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Conversas de Café

Ela - Tu no teu blog tens com cada gajo, ou gostam de velhas ou são maricas.
Ela - E então? Isso quer dizer que se te cruzasses com eles na rua e eles te dessem bola não tiravas uma lasquinha?
Ela - Não. Para mim o prazer tem de ser a dois.
Eu - Pois para mim qualquer queca ocasional terá de ser prazer para mim, ele...que se lixe!

Estou com Atchim....


...tendo em conta as ultimas notícias, vou matar o bicho antes que o bicho me mate a mim!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Solidariedade




Entre os animais é assim, os inimigos mortais podem muito bem aliar-se em alturas de maior desanimo e necessidade, nos humanos verifica-se exactamente o oposto, quando estamos em baixo é quando nos tentam pisar.

Adoro animais, nunca me desiludiram.

segunda-feira, 4 de maio de 2009