quinta-feira, 29 de outubro de 2009
By your side
Lembras-te de quando apenas nos víamos de ano a ano?
De como corria para os teus braços no aeroporto e vasculhava com expectativa os teus bolsos porque sabia que neles se escondia sempre uma maravilhosa surpresa.
Lembras-te de como te dizia que te adorava?
De como te sentavas no banco da frente do carro, lado a lado com o meu pai, as minhas duas figuras masculinas, sempre presentes e ao mesmo tempo ausentes, pelo espaço ou pelo tempo, tão intensamente diferentes. Como estendias o braço por cima do banco do condutor e eu atrás me sentava na beira do banco – naquela altura não se exigiam as cadeirinhas, nem sequer havia cintos de segurança para nos prender os movimentos – e te puxava os pêlos dos braços, porque ter pêlos nos braços era para mim um fenómeno estranho.
Lembras-te de me teres levado pela primeira vez a um estádio?
De me teres apresentado a esse mundo fantástico de cor e movimento que era o futebol, e eu de tanta excitação acabei o jogo adormecida nos teus braços sem sequer me importar se o clube do teu coração tinha ganho ou não.
Lembras-te de como te sentiste sempre imortal?
Hoje mais do que nunca tens de te agarrar a essa ideia e não quero saber que te sentes fraco, debilitado, sem forças para continuar, porque vou obrigar-te a fazer o que sempre fizeste da tua vida, arregaçar as mangas para lutar. Vais erguer-te contra todos os monstros que vierem atrás de ti e mostrares-lhes a coragem com que sempre pautaste a tua vida, vais fazer com eles o que me ensinaste a fazer com os meus, derrotá-los.
Eu vou estar do teu lado, vou dar-te o braço quando te sentires fraquejar, vou-te amparar quando estiveres a cair, vou incitar-te quando achares que não aguentas mais, vou comprar-te com almoços, jantares e viagens e se preciso for subornar-te com o meu amor e o amor do teu neto, vou dar-te razões para viveres a cada segundo que estiveres tentado a abandonar a causa, não vou nunca permitir que baixes a guarda ou que te pendam os braços, se há coisa que me ensinaste foi que “derrota” é uma palavra que não existe no nosso léxico.
Vamos reinventar-nos a cada segundo se for preciso, para ultrapassarmos juntos a tempestade que se avizinha, mas tendo sempre em mente o futuro brilhante que temos pela frente, porque não vou deixar que nada nem ninguém te leve de mim tão cedo.
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14 comentários:
A nossa força advém muito de nos sentirmos necessários e amados. Tudo o que os outros podem fazer para nos dar força é mostrar-nos o quanto nos amam e precisam de nós. Tudo o resto é destino.
Miuda linda,
Força aí!
Abraço apertado
Está tão sentido, tão verdadeiro e, por conseguinte, tão bonito, que quase me pões a chorar!
Decerto será mais fácil lutar com tanto amor!
E novamente a esperança... a fé... alimentadas por um sentimentos puro e belo...
Espero sinceramente que consigas atingir o teu (vosso) objectivo...
É exactamente assim!
:)
Goldfish - Amar custa muito pouco, já dar força doi, mas é das melhores coisas que podemos fazer.
Cristiana - A força está comigo!
Beijos grandes
K - é esse o passo de mágica que estou a tentar realizar.
TM - Entendes agora porque é crucial, neste momento eu acreditar que deus existe? porque preciso de fé, de esperança e da certeza que com amor tudo se vence, até as coisas que parecem impossiveis à partida
Paulo - Vai ser exactamente assim, todos os dias pelo menos nos proximos 6 meses
Têm-se um ao outro,
num "casamento" de amor e afectos, cujas palavras não conseguem definir,
na felicidade e na doença...
e sabes que mais?!
Os montros não querem nada com gente forte!!
:)
Cem - Eu estou sempre a dizer ao pirralho que os monstros não existem, nós é que os inventamos!
Eu sei que a frase é muito usada... eu sei que não é nada de novo, mas como tu sabes:
Impossible is nothing!
Logo.... ;)
TM - E como eu acredito na inevitabilidade dessa frase batida!
:)))
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