sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Conversas de Circunstância
Quando dois conhecidos se cruzam por acaso na rua, a conversa costuma ser, invariavelmente a mesma:
Conhecido 1: - “Olá, então como estás?”
Conhecido 2: - “ Olá, tudo bem?”
Conhecido 1: “ Tudo bem, e tu?” (embora na realidade pense, “tudo bem uma porra, que a gaja com quem vivi durante 5 anos acabou de fugir com o meu melhor amigo e deixou-me com três putos ranhosos para cuidar)
Conhecido 2: “ Tudo bem também.” (enquanto pensa, “fui despedido, o banco ficou-me com a casa por falta de pagamento, estou a viver em casa dos sacanas dos velhos que pensam, só porque estou na merda que podem mandar em mim e não param de me chatear os cornos.)
Conhecido 1: “Já não te via há anos, estás na mesma pá!” (“estás gordo que nem um texugo e careca, é bem feito porque sempre tiveste uma sorte dos diabos com as gajas, papavas tudo o que te aparecia pela frente”)
Conhecido 2: “É verdade, tu também.” (tas com ar de quem envelheceu 40 anos, cheio de cabelos brancos, pele e osso e pela tua cor deves estar com cirrose, é bem feito andavas sempre de copo na mão, as noites eram todas tuas e vivias à grande.”
Depois desta conversa de circunstância, ambos se despedem cheios de pressa, como se a vida fosse acabar no segundo seguinte e afastam-se sem olhar para trás.
Não há nada mais agradável ao ego do que pensar que os outros estão piores que nós.
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2 comentários:
Pô Gata, não faice isso não!
Tu tá querendo falarr das conversa que nós temos tchido ultchimamentchi!
Num fala verrdadji não!
E não é que até já falámos sobre isto!
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