Dizem que vivemos num mundo solitário, de individualismo, que se perderam os valores da solidariedade, do viver em sociedade como um grupo que se entreajuda. Nos dias que correm o que interessa é nada mais, nada menos do que o “meu umbigo”.
Tenho concordado com esta teoria por diversas vezes, em particular no que diz respeito às relações inter-pessoais.
Se estivermos com atenção ouvimos homens e mulheres gabarem-se das suas mais mirabolantes histórias sexuais, mas se os conhecermos, nunca os vimos com um parceiro/a ao lado, o que significa que a serem verdade as historias (o que muito desconfio), não são mais do que umas noites de loucura com alguém que se cruzou no olhar.
A outros sabemos de fonte seguríssima – eles claro – que passam as noites em tertúlias com amigos, que passam férias em casa dos amigos, que os amigos juntam-se com enorme facilidade em casa deste ou daquela para porem a conversa em dia, mas curiosamente nunca os vimos acompanhados.
Os pais gostam de ensinar os filhos a ser independentes, auto - suficientes, desde cedo lhes dão a comida para a mão, o comando da televisão, de preferência no quarto para não terem de ser incomodados com o Panda ou o Dragon Ball. A escola é que ensina e educa os pais estão lá para lhe fornecerem o que as crianças pedem, os triciclos assim que começam a andar, as bicicletas na adolescência e se aos 18 anos precisam de um BMW haja dinheiro. Já para não falar as playstation e das consolas, os pais fazem de tudo para não educar, para não terem de dizer não ou contrariarem, é tão mais fácil culpar o insucesso escolar dos filhos porque as escolas são más, ou a depressão porque não foram capazes de competir com os outros e de serem os melhores.
Os velhos são despejados em lares, mas de luxo, porque se dedicaram a tornar os filhos em homens e mulheres de sucesso, a quem o tempo não rende mas o dinheiro abunda, e de qualquer forma, não foram eles que os ensinaram a não depender de ninguém? Deve ser essa então a sua vontade.
Antes faziam-se as refeições em família, hoje fazem-se em pé nos Mac Donald’s do mundo, antes conversava-se sobre o que se tinha feito no decorrer do dia, hoje vê-se televisão. Antes davam-se passeios em conjunto, hoje vai-se para o ginásio. Antes a palavra família fazia sentido, hoje é um parente pobre.
Os colegas de trabalho não fazem amigos, porque pode ser preciso um dia achincalhar aquele que se senta ao lado para impedir que nos fique com o lugar, numa sociedade que fomenta e apela ao sucesso vejo cada vez mais mediocridade, o colega do lado é competente, logo é perigoso, mas se for um totó melhor, escuso de me esforçar.
Num mundo tão despido de ideais, onde o dinheiro é o que fala mais alto, onde fica o espaço para sermos seres humanos e não apenas mais uma peça na engrenagem.
Recuso-me a ser igual aos outros, a seguir o rebanho, por isso gosto de ser uma Gata num mundo cão, contra quase tudo e quase todos!
3 comentários:
As relações inter-pessoais são hoje, para alguns, meros laços de interesses num determinado momento e ocasião.
Ainda bem que ainda existem pessoas que fomentam as relações de forma saudavel e solidaria.
Obrigado por seres uma dessas pessoas.
Nota: Saravá irmão por não me abandonares na luta anti-carneiros lol
As relações inter-pessoais são hoje, para alguns, meros laços de interesses num determinado momento e ocasião.
Ainda bem que ainda existem pessoas que fomentam as relações de forma saudavel e solidaria.
Obrigado por seres uma dessas pessoas.
Nota: Saravá irmão por não me abandonares na luta anti-carneiros lol
béééééé. Abaixo a carneirada!
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