terça-feira, 23 de setembro de 2008

Esqueci o nome das coisas

"Esqueci o nome das coisas
E abri todas as janelas
Perdi-me no fundo da noite
Por entre a dança das estrelas

Chamei a mim as lembranças
Dancei com elas
Na roda das minhas esperanças perdidas

Solto os meus cabelos ao vento
Que me traz o cheiro doce
Do mar ao fundo na praia
Cantando como se fosse
O meu amante perdido
Que agora regressasse
E que cantando nas ondas
Em segredo me chamasse

Sozinha aqui no meu quarto
Neste meu porto de abrigo

Bebo o vinho do silêncio
Que sinto em mim crescer
Fecho os olhos e estremeço
Num arrepio de prazer
Bebo a luz que me percorre
O corpo numa carícia
Fecho os olhos e adormeço
Inebriada em delícia

Sozinha aqui no meu quarto
Neste meu porto de abrigo"

(Pedro Malaquias)























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