terça-feira, 26 de maio de 2009

Hoje aqui fala-se de ...

...OBRAS PÚBLICAS
A minha formação académica é na área de Economia, e o "post" sobre o aeroporto da Portela fez-me pensar no sempre presente cepticismo em tempos de crise em relação a obras publicas.
Já aconteceu no tempo de Cavaco Silva com Ferreira do Amaral, depois no tempo de António Guterres com Jorge Coelho, e avizinham-se agora grandes discussões sobre a matéria.
Não consigo compreender a intolerância às obras publicas e a demagogia fácil de que em tempos de crise não se deve gastar dinheiro em obras não essenciais. A verdade é que a obras publicas são um catalisador da economia no seu todo, diminuem o desemprego sazonal, estimulam a indústria e todas as empresas de retalho ou serviços satélites das indústrias que servem as obras.
Se não tivesse havido essa visão por parte de alguns dos nossos governantes, neste momento ainda andávamos de carroça, não tínhamos rede de transportes, não havia a possibilidade de circulação de mercadorias, ainda levávamos 7 horas para chegar de Lisboa ao Porto, faltavam os hospitais as creches as escolas ainda assim poucos para servir a população, não havia complexos desportivos para a prática de desporto tão fundamental para uma vida saudável e bem como para o crescimento dos nossos filhos, não poderíamos ser eficazes na exportação dos nossos produtos e estaríamos orgulhosamente sós no nosso canto periférico que a não ser inteligentemente explorado no continuará a remeter para um segundo plano na Europa.

2 comentários:

Paulo Lontro disse...

Concordo contigo...!!!

Vamos lá fazer hospitais, creches, escolas, complexos desportivos como piscinas de 50 metros, ginásios, pistas de atletismo para os jovens praticarem mais desporto escolar, centros para idosos, jardins e parques municipais, auto-estradas no Alto Douro (que não tem nem um Km), vamos lá a essas obras todas que podem ser feitas em grande quantidade especialmente se não se construir a linha de comboio de alta velocidade que faz poupar meia hora na viagem entre as duas grandes cidades, mais estádios de futebol para um mundial daqui a 12 anos, um aeroporto gigante e outra auto-estrada ente Porto e Lisboa.

Eu não sou economista e de finanças entendo pouco, como o poeta diz, eu é mais bolos....

Gata2000 disse...

Paulo - Se os dinheiros publicos forem usados para onde efectivamente são necessários, em vez de serem desbaratados como têm sido nos ultimos 30 anos, talvez seja possível fazer isso tudo e até mais, é tudo uma questão de bom senso, prioritizar o que é mais necessário e pode ser que talvez se consiga sair da crise mais rápido e sem grandes mazelas.
Mas isto sou eu, que se tivesse de fazer a gestão de um país o faria como se da minha casa se tratasse, e bem sei que não é fácil gerir um orçamento.