Este poderia ser um texto altamente intelectual, sobre as inúmeras actividades culturais que certamente acontecem pela marginal de Cascais, mas não é.
Com este título poderia até enganar os mais descuidados e levá-los a pensar que se trata de um texto sobre as delícias do sol pelas praias de Oeiras, mas não, o que me acontece com frequência na marginal nas minhas diárias idas para casa depois de um dia extenuante que por vezes termina às 00.00 horas é encontrar o verdadeiro “macho da estrada”.
Nada custa mais a este espécime, infelizmente não raro e lamentavelmente ainda não em vias de extinção, do que ser ultrapassado por uma mulher a conduzir uma carripana velha.
Ora ele é aquele que tem sempre o carrinho brilhante, com um som descomunalmente alto para os tímpanos, mesmo de um mouco, e que gasta o orçamento familiar no “tunning” rasca.
Para ele o semáforo é para passar a vermelho quando ele passa para que todos possam ver de perto as transformações que ele produziu na viatura, e claro para poder dar uma aceleração audível e de preferência com estardalhaço para não passar despercebido.
Eu tenho um mau hábito, gosto de andar na faixa da direita, dentro dos limites de velocidade com o meu velhinho Rover 411, o que significa que quando o “macho da estrada” passa por mim a rasgar e fecha o semáforo, eu consigo ultrapassá-lo calmamente porque antes de ele acelerar eu já tenho o sinal verde e não perdi embalagem.
Ontem o pobre do Golf GTI foi ultrapassado por mim 3 vezes, o homem ficou tão danado que no ultimo sinal luminoso acelerou de tal forma que não me queria deixar ultrapassá-lo, e assim ficámos, ele a olhar para mim a roer-se por uma “gaja” o ter feito passar por palhaço 2 vezes, e eu a tentar perceber o que fazer…acelero ou deixo-o ganhar?
Como não tinha ninguém na minha traseira e a minha saída estava a aproximar-se, travei e deixei que ele me ganhasse a corrida.
Senti-me feliz e contente, porque afinal quem ganhou fui eu, ele deixou de me ver….
2 comentários:
Decisão muito acertada...a meu entender.
;)
Que posso eu fazer, adoro contrariar!
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