E se um dia os teus pensamentos te levarem onde não devias ir. E se de repente te encontrasses numa encruzilhada, sabendo exactamente qual o caminho a tomar, mas com a vontade de experimentar uma nova estrada, uma paisagem diferente. E se o desejo te embrulhasse nas suas asas e te tentasse, como tantas vezes o faz o diabo e te quisesses então abandonar ao torpor de não ter de fazer o que é certo. E se na vida não tivéssemos de fazer escolhas, e o certo e o errado não existisse. Tão mais fácil seria a vida então.
8 comentários:
E tão mais desinteressante.... ;)
Mais fácil e mais curta nalguns casos… :P
(confesso que ao ler pensei em filosofar sobre o “certo” e o “errado” mas quem sou eu!...)
Beijinhos,
FATifer
TM - Nunca tinha pensado nesse aspecto...olha que quase me convenceste!!
FATifer - Eu gosto de te ler a filosofar..porque não ?!
A ideia era essa, pensar no certo e no errado.
Bem… se gosta eu faço-lhe a vontade…
Comecemos por uma ideia “controversa”:
Não há verdades absolutas.
Daqui se deduz que o “certo” e o “errado” dependem do ponto de vista.
Assim entramos noutro nível e podemos perguntar: o que é “certo” é uma noção intrínseca ou extrínseca? Se é extrínseca então sim, pode haver um dilema na escolha, pois sendo intrínseca não há dilema faz-se sempre o que está “certo” (mesmo podendo parecer “errado” para outros – exemplo: masoquismo).
Argumentaram que poucos são os seres humanos para quem o “certo” é intrínseco, concordo. Para qualquer outro animal não existem estes conceitos e tudo apenas é, não existe o “problema” da escolha. Os seres humanos é que gostam de complicar e pensar nas coisas… e ao tornar o “certo” extrínseco criar um conjunto de problemas ou desafios para ocupar mente humana.
Após estas considerações abstractas, não querendo sequer tentar adivinhar que situação concreta (se é que alguma) motivou o teu texto, diria que no caso da encruzilhada que falas a questão para mim (como em tudo na vida) resume-se sempre a estarmos ou não dispostos a pagar o preço (no qual se inclui a falibilidade inerente a nossa melhor ou pior capacidade de avaliação de todas as consequências que poderão advir da escolha e consequente acção em conformidade). Diria que, na maioria das vezes, o problema/dilema está exactamente no querermos algo mas não estarmos disposto a “pagar" o preço.
Por fim direi que concordo que uma vida sem escolhas seria mais fácil mas como disse a TM muito mais desinteressante e, como disse em primeira instância, potencialmente mais curta. O único problema é que nós, seres humanos, não temos essa opção pois temos (mesmo os que parecem no usar) algo chamado córtex que à partida nos impede de viver por instinto…
Beijinhos,
FATifer
PS – não me responsabilizo por falhas de lógica ou factuais ou por potenciais “barbaridades” constantes na “dissertação” acima mesmo não tendo bebido álcool ao almoço.
Sem sal nem pimenta? Nah...
FATifer - Li-te na diagonal e fiquei sem folego, respondo-te daqui a mais um bocadinho, primeiro vou ali recuperar!! :)
FATifer - Bom consegui!! :)
Infelizmente tens razão.
Somos seres complicados e pensamos mil vezes antes de correr riscos, se é que alguma vez os corremos - o preço de que falas costuma ser demasiado alto.
Gosto de um post que só por si consegue ter comentários dignos de post!
A minha conclusão, seria que a vida era mais fácil se não houvesse consequência nas nossas acções, por exemplo, todas as minhas acções enquanto mãe têm consequência no meu filho, o que quer dizer que se não tenho cuidado e ponho a pata na poça pode acontecer que esteja a estragar-lhe a vida.
O certo e o errado são muito mais intrinsecos porque decorrem do que somos, e do que pensamos - lá está o facto de termos cérebro dificulta a vida!
Assim se não tivessemos consciência, e não houvesse consequências, mais curta a vida não seria, mas passariamos pelo mundo sem marca e isso sim seria desinteressante e muito monotono.
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