Levaste me à loucura da paixão desmedida, do desejo intenso, em que o sexo era o lema das noites e a ansiedade de te encontrar de novo a rotina dos meus dias.
Foram meses de uma ferida aberta, sem vontade de cauterizar, deste-me tudo o que não te pedi e deixaste-me sem vida quando me deixaste, sem palavras nem desenganos.
Ainda assim esperei por ti, durante 4 longos anos, em que me tiveste sempre que querias ou te sentias sozinho, em que uma palavra tua bastava para que largasse o meu mundo e me escondesse em ti, sabendo que nada mudava ainda que me amasses perdidamente nas camas dos quartos de hotel onde secretamente nos encontrávamos.
Sempre que te via achava que a vida sem ti não fazia sentido. Nada havia além dos teus olhos verdes, inflamados de paixão, da tua boca que me beijava sem eu querer, porque perdia a força nos teus beijos. Nada havia além das tuas mãos enormes onde a minha pele se arrepiava a cada toque, nem para lá do teu cheiro que teimava em não me largar a cada adeus, ou do estremecer do corpo depois de ser tua.
Derrubas-te o muro que erguia contra o mundo, a máscara que usava para me proteger, com medo de me magoar, e acabaste por ser tu a minha relação perigosa, sabias onde tocar, sabias o que dizer sempre que me querias de volta, e embora eu quisesse lutar sabia que contra ti não tinha forças, porque eras a minha fraqueza, uma fraqueza que soube combater no dia em que encontrei o amor.
2 comentários:
Tinha uma coisa muito parva para dizer!
Hoje, não digo coisas parvas!
aprecio o silêncio!
E a isso posso responder: http://www.youtube.com/watch?v=cGxOUezyCms
Depeche Mode- Enjoy the Silence (Original Video)
Enviar um comentário