segunda-feira, 27 de julho de 2009

O livro do mês

"Quando entrei no meu quarto, vi Anika sentada na minha cama. Tranquilizei-a, prometendo que ficaria atento a ruídos estranhos. Ela levou o dedo à testa:

- Os meus medos estão aqui dentro. Não consigo dormir...

Fiz um ar compreensivo. Ela perguntou:

- Incomoda-o que eu durma aqui ao pé de si?

O meu coração acelerou.Na luz ténue que existia no quarto, escapou-me um sorriso, imperceptível para Anika.

- Bem - disse -, acho que a cama é suficientemente larga para os dois. Se só te tranquilizas assim...

Anika meteu-se de imediato na cama e perguntou:

- Qual é o seu lado?

- O esquerdo.

Chegou-se para o lado direito, puxando para cima o lençol. Depois de despir o casaco e as calças, deitei-me. Os nossos corpos não se tocavam, mas senti imediatamente o calor que emanava do seu. Respirei fundo. Não iriam ser noites fáceis. Dormir ao lado daquela beldade só para lhe acalmar os medos iria ser uma tortura.

Uns minutos depois, Anika virou-se para mim.

- Jack?

- Sim.

-Posso encostar a cabeça no seu ombro?

Fechei os olhos.

- Claro.

Aproximou o seu corpo. Levantei o meu braço direito, para que ela pudesse colocar a cabeça no meu ombro. Ao fazê-lo, o seu peito tocou-me nas costelas, e engoli em seco. Era redondo, cheio, rijo. Lá em baixo, senti os primeiros movimentos de excitação. Comecei a fazer-lhe festas no cabelo e depois na nuca. Senti a sua pele quente nos dedos. Ela suspirou e aninhou-se mais em mim, a sua barriga contra a minha anca, a sua perna direita pousando um pouco sobre a minha. Os meus dedos desceram para o seu pescoço, as unhas passando sobre a pele, procurando o nascer das costas. Anika voltou a suspirar. Engoli em seco. Não queria fazer nenhum movimento que fosse mal interpretado. Não queria ter a iniciativa. ela deve ter percebido, pois de repente mexeu-se e a sua mão direita tocou-me entre as pernas. Sentiu o meu desejo, mas não ficou. Subiu a mão até à testa , e puxou para trás o cabelo como se se penteasse. Depois, voltou a descer a mão, mais lentamente, arrastando-a ao longo do meu peito, da minha barriga, e pousou-a em cima do meu desejo, por uns instantes, como se aguardasse um incentivo. Como eu não disse nada, retirou a mão. Fiquei a respirar, sem dizer nada.

Uns minutos depois voltou a pousar a mão sobre mim. Sentindo o meu desejo vivo e forte, desapertou os botões das calças do pijama, um a um, e as suas mãos quentes tocaram-me. Fechei os olhos, ondas de prazer a subirem por mim a cima.

Ouvi a sua voz:

- Toca-me.

Os dedos da minha mão esquerda tocaram-lhe. Primeiro nos contornos da cara, depois no pescoço, no nascer dos ombros e por fim nos peitos. desapertei os botões da camisa de noite e depois ela tirou-a. Beijámo-nos. Puxei-a para cima de mim, e encaixámo-nos um no outro com suavidade. amei-a horas a fio, até ao dia nascer."



Enquanto Salazar Dormia...

Domingos Amaral

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Férias de Verão at last


Vou de férias, começo amanhã e estou muito contente. Assim acho que tenho direito a dizer ao Universo exactamente o que quero. Andei a ler o "The Secret" há uns meses atrás e o livro dizia que se pedíssemos com muita fé, muitas vezes, bem explicadinho, o senhor Universo providenciava. Eu acredito que sim, e nesse caso, para que ele - Universo - perceba exactamente o que quero para os próximos anos que se estendem daqui até ao dia em que me hei-de findar, vou escrever, direitinho, com as letras todas, pedir com humildade, sem grandes voos para ser mais fácil de me devolver as "preces".
Ora senhor Universo, quero férias de Verão com sol, muito sol, sem vento nem frio, bem as noites podem ser mais amenas, mas sem a necessidade de vestir camisolas que eu tenho muita roupinha nova de verão para andar a mostrar.
Dias fantásticos de praia, com água morninha, refastelados na areia, sem que esta esteja a voar, com amigos a visitarem-nos em permanência para nos sentirmos, como sempre queridos e acompanhados.
A partir de hoje, dia em que vou jogar 3 euros no euro milhões, e nas semanas que se seguem e que jogue, naturalmente, até que bata a bota, quero ganhar 500 euros de cada vez que jogar. Não é preciso sair-me a taluda, apenas 500 euros por semana no euro milhões, não sou gananciosa!
Quero ter sempre trabalho, meu caro Universo, não quero voltar a ser posta na prateleira, mesmo depois de voltar a engravidar - sim com mais 500 euros por semana do euro milhões a acrescer ao que já levamos para casa todos os meses a coisa ficava composta para podermos dar uma mana ao Xani. Não quero ouvir falar em desemprego no meu agregado familiar nem nas pessoas que me são de alguma forma chegadas, pelo menos nos próximos 150 anos, vá!
Não me quero preocupar se as empresas onde trabalha o meu agregado familiar e os meus amigos vão fechar, quero ter sempre o ordenado ao final do mês.
Quero saúde, mais uma vez para mim e para todos os que me rodeiam, que a gripe A, ou outra coisa qualquer não tenha a péssima ideia de me vir cá atazanar a cabeça.
Quero paz e tranquilidade para poder criar e educar o meu filho.
Quero os meus amigos e familiares sempre por perto, a apoiarem, a consolar, a mimar.
Quero uma viagem por ano fora do país, quero poder proporcionar à minha mãe um cruzeiro pelas ilhas gregas, da mesma forma que já lhe proporcionei uma viagem à Madeira, e ao meu avô, uma viagem a Londres, para que possa ver passados 25 anos a cidade onde viveu durante 20.
Quero amor, maternal, filial, do meu marido, amante e companheiro de vida, para que não se canse de me ouvir reclamar de Deus e do Mundo, dos meus amigos que me suportam e amparam.
Quero contribuir para um mundo melhor, ainda que o começo seja a nível local, na minha freguesia do coração. Depois estou a pensar em alargar o espectro e dedicar-me a causas sociais, vou apostar na Santa Casa da Misericórdia e tentar com trabalho ajudar quem mais precisa.
Quero um mundo livre de fome, sofrimento e guerra!
Não é pedir muito pois não?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A estrada que me envolve

"Pedi ao motorista para, a caminho de Sintra , passar pelo Estoril. Desejava admirar o Hotel Palácio, esse local tão emocionante para mim. tinha tempo disponível antes das três da tarde, hora da missa do casamento. É sabido que as missas de casamento nunca começam a horas.
O motorista levou-me por uma estrada, a que chamou Marginal, e que no meu tempo era bastante diferente. É uma estrada lindíssima, que serpenteia entre Lisboa e Cascais, passando por Paço d'Arcos, Oeiras, Carcavelos, São Pedro...
Ele diz que foi uma estrada muito perigosa, mas que agora, como existe uma auto-estrada, tem menos movimento. Não devem existir muitas estradas no mundo tão bonitas como esta, acompanhando o rio e depois o mar, iluminada por uma luz límpida, esta luz tão rara que este país recebeu como uma dádiva de Deus."


Enquanto Salazar Dormia...
Domingos Amaral


Esta é a estrada que me envolve nas viagens em que percorro o caminho entre minha casa e a casa do meu avô, entre a minha casa e o trabalho e entre a minha casa e qualquer viagem que me leve a Lisboa.
Esta é a estrada mais bonita onde alguma vez passei, a única que me dá uma certa paz quando conduzo através das suas rectas e curvas olhando o mar, esse mar maravilhoso que se estende ao longo as suas bermas. Um mar que em noites de tempestade tenta roubá-la aos condutores e levá-la consigo, acabando por levar alguns deles a embater nos muros que os separam - estrada e mar.
Foi a estrada que me levou a casa depois de ter estado 1 mês no Hospital da Parede em recuperação de um acidente de viação, porque durante 1 mês ouvia as ondas baterem nas rochas, mas nunca pude ver o azul da água nem o branco da espuma, entrei a custo no carro, abri a janela fechei os olhos e senti-lhe os borrifos na cara, inspirei bem fundo e cheirei o sal, abri gentilmente os olhos e percebi porque devia estar agradecida por estar viva.
Foi paralela a ela que viajei de comboio durante anos quando trabalhei em Cascais, era por perto que almoçava a ver o Atlântico, e a imaginar-me a correr mundo, as viagens de barco à Grécia, à Sicília, a Creta, ao mundo do norte de África, às encantadoras possibilidades que o "mare nostro" nos desafia enquanto somos jovens, mas que acabamos por nunca concretizar.
Foi nesta estrada que reaprendi a conduzir depois de 7 anos sem pegar num volante, não por medo antes por puro terror, é esta a estrada que nos últimos 5 anos me tem ensinado a perder os receios que me estão colados ao chão, aos carros que circulam à minha volta, à velocidade, s mudanças aos travões e principalmente ao acelerador.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Hoje o dia é de festa.

A mulher mais importante da minha vida faz 60 anos. 60 anos dos quais 35 foram passados a dar-me força e alento e amor.
Nem sempre foi uma relação fácil a nossa, ou porque somos parecidas, ou por sermos demasiado diferentes, não sei bem. Mas hoje sei que a minha mãe é o centro nevrálgico da minha força, é ela a garra que por diversas vezes me impediu de capitular perante as mais diversas dificuldades que a vida me deu a experienciar.
Nem sempre a apoiei da melhor forma, mas ela esteve sempre lá para me apoiar a mim, percebi isso tarde demais e ela teve de ultrapassar sozinha algo que eu ainda não consegui ultrapassar na totalidade com apoio.
Tenho uma admiração imensurável pela minha mãe, que se cansou da vida que levava e que ultrapassou a pior fase da sua vida com telas e pincéis, porque percebeu que para ser quem queria ser tinha de se dar, e entregou-se a uma terapia muito própria de transformar a alma em arte.
Hoje vou recordar-lhe lugares, sentimentos, cheiros, toques e dá-los da melhor forma que sei, escrevê-los no caderninho da nossa vida para que nunca se esqueçam, e vou dedicar-lhe uma musica que sei que adora, talvez porque a faz lembrar as inúmeras experiências que ainda lhe faltam viver e conquistar, e as boas memórias que consegue reter de uma dura vida já vivida.
Parabéns minha mãe, meu amor.


terça-feira, 21 de julho de 2009

Amar é preciso

Há um estranho vírus a pairar no ar, encontro-o nos blogues que visito, nos cafés que frequento, na vida que vai passando por mim.
Este vírus desde sempre que atingiu os homens na casa dos 20 aos 30, mas nos últimos anos tem atingindo as mulheres, eu própria fui infectada, mas curei-me.
Não são raras as vezes que ouvimos homens e mulheres dizerem que são solitários por escolha. Que preferem viver de encontros casuais, de relações frívolas sem o espectro do compromisso, e que fogem do amor como o diabo foge da cruz, porque encaram o amor como isso mesmo, uma cruz.
Tendo em conta que o Homem é um animal social, que precisa de ter relações estabelecidas com os da sua espécie, acho difícil de entender que seja razoável aceitar que um homem ou uma mulher se sintam confortáveis ao estabelecer uma relação de compromisso com um cão ou um gato.
Sabemos bem, que homem ou mulher sozinho tem por companhia um cão ou um gato, para não se sentir só, para dar e receber carinho, companheirismo, para poder desabafar, para ter colo.
Sabemos bem, por experiência própria que todos precisamos de nos sentirmos amados, aliás Maslow explicou magistralmente a nossa pirâmide de necessidades, e sim é um facto, a família, a amizade, o amor e a intimidade sexual são necessidades do ser humano, não vale a pena tentar contrariar a nossa natureza.

O amor não morde, nem tira pedaço, pelo contrário, dá alento!

É um facto que também faz doer, que magoa, que desilude, mas as compensações são tão grandes quando ele é verdadeiro que devíamos dar-lhe espaço para medrar. O medo nasce de relações que correram mal, quem não teve na adolescência um amor não correspondido que nos fez sentir de uma qualquer forma diminuídos, ou um grande amor que nos despedaçou o coração e que aparentemente nos roubou a alma. Ou até a forma fabulista em que nos é dá a conhecer o amor, através de historias de príncipes e princesas, em que o amor tudo conquista, mas que na realidade nos são contadas por pais e mães de famílias disfuncionais, onde não há amor, mas falta dele.
Se entendermos de uma vez por todas que o amor não vai aparecer sob a forma de um príncipe montado num cavalo branco, mas que pode estar sentado na cadeira do café do nosso lado. Que pode não ter quintas e palácios imensos mas que terá certamente ideias comuns às nossas, outras divergentes, mas que em conjunto se complementa.
Talvez no dia em que abrirmos a alma, em que não tivermos medo de ser quem somos, em que nos aceitarmos e não nos tentarmos transformar no que o mundo quer que sejamos, possamos dar espaço ao amor.
Possamos respirar a dois o prazer de ter um companheiro, a alegria de ter um colo, a bênção de construir uma família, e saber batalhar por ela, sem olhar apenas para o nosso umbigo, dar valor ao carinho que se estabelece numa relação que se baseia no respeito, na comunicação e na confiança.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O que é nacional é ....








Pedro Cazanova, DJ
... é BOM !

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Alegria no trabalho




Eu - Já falei com o informático para ver se ele te põe a receber os emails da colega que se foi embora.


Colega nova, sorrindo- Obrigada.


Eu - Já que lhe faço favores sexuais, posso contar que ele me faça uns quantos favores.




A colega nova perdeu o sorriso, olhou para mim como se eu fosse um alien e voltou ao trabalho.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Highway to Hell

Ontem tive a mais assustadora experiência automobilista de sempre, com um carro nas mãos.
Estava calmamente a conduzir o automóvel do meu avô, um Cintroën Ax com 10 anos, com o intuito de deixar mãe, avô, Puska e Xani em Santa Cruz para umas merecidas semanas de férias.
A minha mãe conduz pouco e a medo, mas ainda assim gosta de saber que tem o carro à porta no caso de alguma emergência, assim lá foi a caravana cigana com sacos até ao tejadilho meter-se à estrada.
A logística já tinha sido complicada, o meu avô tinha estado com a minha mãe numa consulta oftalmologica no hospital e o puto tinha ido passar o dia com a outra avô. Assim sai do trabalho fui para casa esperar o meu gato que não fazia sentido levarmos os carros todos, rumámos à 2ª circular para enfrentar o transito frenético da cidade, chegámos a casa da sogra, metemos o puto na carrinha - aquele bichinho mais lindo, a mais nova aquisição familiar, a qual ainda não tinha tido coragem de conduzir - tomámos de volta o pulsar de Lisboa via 2ª circular em sentido contrário, enfiamos o avô e a Puska na carrinha, enquanto eu, a minha mãe e os sacos nos aconchegávamos no AX que já tanta estrada percorreu nas minhas mãos.
Mas a diferença entre um carro comprado em Dezembro do ano passado - a luz dos meus olhos em azul bébé que é o meu bichinho lindo, com direcção assistida, vidros eléctricos e fecho centralizado de portas, coisas a que nunca fui habituada antes do meu Matiz, coisa mais fofa - e um carro puxado à força de braços é enorme, e pensei que o cheiro estranho que o carro tinha na Avenida de Ceuta era por eu me ter desabituado à embraiagem dura do bicho. Enganei-me.
Estávamos na A8, pouco antes da estação de serviço de Loures quando acendeu a luz da temperatura, meti os 4 piscas para avisar o gato no carro atrás que alguma coisa se passava, meti-me na estação de serviço e pensei, "raios partam o velho (do avô, claro) que não viu a água".
Para quem conhece o meu avô, o chato, sabe que ele sempre que eu andava com o carro me dizia, toda a santa semana que precisava ver da água no radiador.
Estivemos quase meia hora à espera que o carro arrefecesse, que a água viesse acima, de encher e vazar o depósito, de aquecer e arrefecer o motor, e quando pensávamos que tudo estava resolvido lá seguimos viagem.
Eram 9 da noite, o avô, a mãe, o gato, a gata e o gatinho sem comerem. A hora de dormir do "piqueno" que se aproximava a grande velocidade, e lá tomámos o nosso lugar na auto estrada de novo, com rumo a Torres Vedras.
Na primeira subida o carro volta a ligar a luz, lá ponho os piscas, e tento encontrar uma berma para encostar, mas para variar a auto estrada está em obras, não há bermas, nem encostos, nem aquelas coisa de emergência, e muito menos parques de descanso, vejo uma zebra daquelas que indicam que há uma entrada paralela na auto estrada e encosto.
O que fazemos, como, quem , o quê. Lá voltei a pegar no carro com indicações para desliga-lo nas descidas - parece que faz circular o ar e arrefecer o motor, e também poupa nos consumos, se a moda pega...
Demorámos 1 hora e meia a chegar a Torres, andei a 40km/h na autoestrada - se por acaso alguém me viu, a 40 e de 4 piscas, peço desculpa pelo incomodo mas o bogas é que teve a culpa. O medo que o motor se ressentisse apoderou-se-me do corpo de tal forma que todos os músculos que existem estavam em tensão, o nó no estômago era de tal forma que eu achava que ia vomitar. Parei o carro no centro de Torres e fomos jantar, entrámos no restaurante eram 22.30, esganados de fome e o meu menino já com sono a esfregar os olhos de forma a afastar o João Pestana. Ainda assim comeu 2 batatas assadas e 2 bons pedaços de bacalhau e umas colheradas de arroz doce.
Depois de jantar o meu gato pegou no AX e passou-me o bicho novo para as mãos, estreei-me em grande, depois de uma cavalgada maluca, soube muito bem pegar num carrinho lindo, maravilhoso, com uma embraiagem leve, e com um volante que se vira ao toque de um dedo.

Chegámos a casa já passava da 1.30 da manhã, com um stress imenso, e sem saber como é que mãe e avô se iam desenrascar.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Quando a esmola é grande… desconfia

Não tenho bem presente o dia exacto em que me meti no avião rumo a Trondheim. Para mim ia ser mais uma aventura, desta vez com um propósito nunca antes imaginado.
Meses antes tinha decidido casar com um amigo meu, norueguês com quem tinha feito uma viagem maravilhosa pela Itália, e acabado por ficar confundida pelo romantismo de Roma, ferida no orgulho de um namoro que tinha terminado havia quase 2 anos e que ainda assim remexia todos os dias na minha memória, quer por via dos meus pensamentos, quer por via dos telefonemas e das mensagens que ele me continuava a mandar, sabedor do grande poder que exercia ainda sobre mim.
Decidi que Lisboa, Portugal era demasiado pequena para ambos, eu e ele haveríamos de nos cruzar um dia, e eu sabia que ia voltar a cair-lhe nos braços, na cantiga, no cheiro, um cheiro que ainda hoje recordo – curioso.
Assim, ia mudar-me para a terra dos fiordes, e não ia ficar sozinha e apagada à espera que ele um dia decidisse aquilo que eu sabia no meu íntimo, que afinal era eu o grande amor da sua vida.

Fui encontrar-me com o noivo, uma pessoa que conheci pessoalmente em Tavira no longínquo ano de 1992, no barco que cruza para a ilha, como se cruzaram os meus olhos com os do amigo dele.

O Thomas tinha os olhos mais profundos e límpidos que algum dia tinha visto, não demorou até que nos apaixonássemos nesse verão inesquecível, foi a minha primeira grande paixão de verão, escrevemos longas cartas de amor durante cerca de 2 anos, houve viagens marcadas que se goraram, ele chegou a vir ver-me de propósito mas na ânsia de fazer-me uma surpresa esqueceu-se de me avisar para não sair de Lisboa, ele esteve, eu não. As nossas vidas não voltaram a cruzar-se, mas a minha amizade com o amigo dele sim.
O Roar esteve em Portugal cerca de 4 vezes, eu visitei-o em Itália, e depois fui conhecer os pais dele a Trondheim.

Não posso dizer que era a altura mais feliz da minha vida, mas estava serena, sabia exactamente o que queria, e sabia que não queria ficar em Portugal, ele era a minha chance de tentar ser feliz noutro lugar. E fui feliz noutro lugar, visitei a cidade, vi fiordes, vi glaciares, vi pessoas novas, mentalidades diferentes, ri, chorei quando o amor da minha vida me continuava a mandar mensagens sobre como seria diferente se eu voltasse.

No dia em que voltei, estava confiante do passo que ia dar, os meus pais foram buscar-me ao aeroporto, almoçamos em casa dos meus avós e fomos para casa. O meu pai subiu as escadas, pousou na entrada da porta a minha mala de viagem e disse:

- “Vou sair de casa, aluguei um lugar só para mim. “

Foi a ultima vez que vi o meu pai como … pai. A partir desse dia a minha vida mudou, vi o meu pai pela primeira vez, sem a máscara de super herói com que sempre o vesti. Hoje, eu e o meu pai não nos falamos tanta foi a água que passou debaixo da ponte. Não casei com o Roar, não voltei a Trondheim, e nunca mais consegui confiar em ninguém.

Ainda hoje sempre que a vida me dá algo bom, desconfio. Sei que por dentro de uma caixa engalanada pode muito bem estar um presente envenenado.

terça-feira, 14 de julho de 2009

No centro de saude

Afinal nem tudo está bem no reino da saúde portuguesa.

Eu mudei de residência mas continuo a ter a medica de família a 20 km de distancia, o que não é pratico.

Hoje fui saber ao centro de saúde que fica ao lado de minha casa o que posso fazer para me mudar para lá.

A resposta foi: "Conhece algum médico daqui do centro?"

Não conheço médicos em lado nenhum, para grande desgosto da minha mãezinha que sempre me disse, filha quando estiveres a procurar noivo, vê lá se ele é medico que dá sempre jeito ter um por perto. Mas como nunca fui muito de dar ouvidos à minha mãezinha saiu-me um informático - podia ser pior!

Voltando ao centro de saúde, sem conhecer medico do centro tenho de ir para o centro de saúde do cu de judas mais perto, que fica a uns 15 km.

Antes de me vir embora, olhei o senhor nos olhos e com uma voz tranquila perguntei-lhe: Isso quer então dizer que para vir para este centro o que eu preciso é de uma cunha?!"

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O que é nacional é ....











David Fonseca (músico)


...BOM!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Nove Vidas em Motor de Busca

Tenho tido pouca disponibilidade para escrever, aliás tenho tido pouca disponibilidade para o que quer que seja, ando cansada, a precisar de férias e com uma carga de trabalhos a que não estou habituada, mas que muito me satisfaz. Por isso não tenho dado muito de mim à escrita, embora tente manter o blog em actividade, porque me alivia o stress entrar aqui, no MEU espaço.

Continuando exausta e sem tempo, hoje dedico o meu tempo a responder aos que me procuraram na net, por via de motores de busca, sim que eu sou daquelas pessoas que acredita que se deve responder a todas as cartas de fãs pela própria mão, então cá vai:

Afonso Vilela show erótico (pois não sei bem se encontrou o que procurava, mas espero que tenha sido tão bom para o Afonso como foi para quem o procurou)

Deus existe em hebraico (não sei se existe em hebraico ou em português nem até em chinês, mas se existir, que seja para todos se faz favor)

Felinas nuas (ele há malucos para tudo, qualquer dia ponho aqui umas fotos de leoas no meio da selva, que devo ter muita audiência)

Sangria Portuguesa (ora aqui está alguém de bom gosto, e se a sangria for de espumante com morangos, garanto que é deliciosa, já se for com vinho fora do prazo, não é tão saborosa, mas dá uma moca….)

Como vai a saúde em Portugal (mas eu alguma vez dei pistas neste sentido? Eu sou a pessoa errada para o fazer, é que canso-me de ouvir historias de pessoas com problemas em hospitais, eu estive 1 mês internada num hospital público e até tótós me faziam no cabelo depois de me darem banho)

Tarados nus (tenho pena, mas nunca encontrei nenhum, já vestidos, ui é o que não falta)

Como ficar moreno em 1 semana (Eu também quero, mas incluindo praia tá)

Lamber lóbulo (é bom sim, mas quem é que procura uma coisa destas na net, meu?)

Fotos gajas pernas abetas (ainda se fossem abertas eu percebia, embora não tivesse sorte aqui no tasco, mas abetas, quéssa merda pá)

Perfil da moça de Deus (nah conheço, isso existe? mas e se ela estiver de frente já não resulta, só mesmo de perfil?)

Enxofre (eu sei que me dizem muitas vezes que sou uma mulher dos diabos, mas enxofre, não uso, não liga bem com a cor dos meus lábios)

Querido Pai natal marido tampa sanita (olha o Pai Natal oferece maridos tampa de sanita, isso é o quê, depois de usar, tapar para não constipar?)

Piteuzinho (eu tenho feito uns pitéus muito gostosos é um facto, mas não me lembro de ter partilhado a ementa)

14120 (ora aqui está um numero simpático, mas…procurar este número em particular e vir ter ao nove vidas, é obra!)

Mulher vende ultimas semanas de vida (juro que eu nunca publiquei nada neste sentido, sei que há muita menina que vende a virgindade online, mas vender as ultimas semanas de vida, só se houver interesse científico em estudar o ultimo fôlego)

O que é atchim (ora que pergunta interessante, não concordam, eu diria que é um espirro, mas isto sou eu a pensar para com os meus botões)

Mente feminina (isso é o que todo o homem gostava de entender, mas não consegue. Aliás há também muitas mulheres dedicadas ao tema, mas sem sucesso)

Poemas para quem faz 30 anos (obrigada, mas eu já vou nos 35, you are too late!)

Como conquistar um homem italiano (é uma questão a que se deverá dar importância, se estivermos em Itália, no resto do mundo, dançar de forma sensual e dar-lhe uns 20 whisky deve garantir a noite, se incluir um: “parlami di calcio” é para a vida, o que pode até nem ser muito positivo)

A todos um muito obrigada, e bom fim de semana!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

As melhores frases dos piores alunos

(recebido por email)

Não dá para resistir a uma boa gargalhada! O melhor de tudo são os comentários! Para se ser educador é, sem dúvida, preciso ter humor!




*O Convento dos Capuchos foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do monte. *
(claro! Com o peso demorou 100 anos para subir o monte!!!)

*A História divide-se em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje*
(a Futura é particularmente estudada pela "Maya")

*O metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre e para o cálculo dar certo arredondaram a Terra! *
(Ups! Até eu me vi atrapalhada para fazer o cálculo. Imaginação tem ele... vai ser matemático com certeza, Portugal precisa de matemáticos com imaginação)

*Quando o olho vê, não sabe o que está a ver, então ele amanda uma foto eléctrica para o cérebro que lhe explica o que está a ver.*
(nada mal pensado. Somos uma máquina fotográfica em potência e em funcionamento contínuo)

*O nosso sangue divide-se em glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e até verdes! *
(acho que faltam os Azuis!!Ah, mas esses com o apito dourado andam em fuga)

*Nas olimpíadas a competição é tanta que só cinco atletas chegam entre os dez primeiros.*
(entende-se agora a prestação de Portugal nos jogos olímpicos!!!)

*O piloto que atravessa a barreira do som nem percebe, porque não ouve mais nada.*
(claríssimo!! Se passou a barreira 1º do que o som, quando este chega já ele passou, por isso não o ouve. Será?)

*O teste do carbono 14 permite-nos saber se antigamente alguém morreu.*
(Assim de momento acho que hoje em dia basta verificar se o coração parou ou se respira... quer dizer... digo eu... mas, pelo sim pelo não, que se faça o teste do carbono 14, se os "gajos" do CSI descobrem uiui)

*O pai de D. Pedro II era D. Pedro I, e de D. Pedro I era D. Pedro 0*
(E antes foi o Pedro -1, já agora)

*Em 2020 a caixa de previdência já não tem dinheiro para pagar aos reformados, graças à quantidade de velhos que não querem morrer.*
(São uns chatos os velhos! Se o Socras topa o "jogo" deles...)

*O verme conhecido como solitária é um molusco que mora no interior, mas que está muito sozinho..* ("tadinho", espero que não tenha medo do escuro ou das trovoadas, não merece tanto sofrimento)

*Na segunda guerra mundial toda a Europa foi vítima da barbie!
(Queria dizer, decerto, barbárie! Ainda não existiam os Morangos com Açucar... aí então é que era lindo, não era a barbie que levava a melhor não!)

*O hipopótamo comanda o sistema digestivo e o hipotálamo é um bicho muito perigoso.*
(nem sei que diga... se a protecção dos animais descobre estamos todos tramados)

*A Terra vira-se nela mesma, e esse difícil movimento chama-se arrotação.*
(não consigo encontrar melhor definição)

*Lenini e Stalone eram grandes figuras do comunismo na Rússia.*
(exactamente, principalmente o Stalone)

*Uma tonelada pesa pelo menos 100Kg de chumbo.*
(Diabos me levem...!!!)

*A fundação do Titanic serve para mostrar a agressividade dos ice-bergs.*
(claro, nem a experiência podia ter sido feita de maneira diferente; tinha de ser usado um dos animais mais agressivos que se conhece para obter a dita fundação)

*Para fazer uma divisão basta multiplicar subtraindo.*
(atenção, não tentem fazer isto em casa, pode ser perigoso... pelo menos complicado é! Pelo sim pelo não peçam esclarecimentos ao futuro professor catedrático de análise matemática)

*A água tem uma cor inodora.*
(pois... eu também gosto muito dessa cor)

*O telescópio é um tubo que nos permite ver televisão de muito longe.*
(o tipo deve ser "espião" da vizinhança, sinceramente... já ninguém quer aderir ao MEO... anda tudo a "chular" os vizinhos. Será que com o telescópio conseguiu ver a grande penalidade fora da área?!)

*O sul foi posto debaixo do norte por ser mais cómodo.*
(obviamente que sim. Tinha algum jeito o contrário? E até aposto que foi um alentejano que teve essa brilhante ideia)

*Os rios podem escolher desembocar no mar ou na montanha.*
(é isso! Ao nascerem podem escolher... viva a liberdade de escolha!)

*Os escravos dos romanos eram fabricados em África, mas não eram de boa qualidade.*
(Racista... só os fabricados na China é que são bons não?!)

*A baleia é um peixe mamífero encontrado em abundância nos nossos rios.*
(todos os dias me cruzo com baleias ao atravessar o rio, é tão giro)

*Newton foi um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knaus. *
(Não consigo ter palavras, nem quero pensar o que diria ele sobre a actual lei do aborto)

*Ao princípio os índios eram muito atrasados mas com o tempo foram-se sifilizando.*
(tal qual como quem escreveu, isto digo eu... cheia de esperança!!)

*A Terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados do mundo.*
(questão para se perguntar... quantos planetas tem o mundo?)

*A Latitude é um circo que passa por o Equador, dos zero aos 90º.*
(os "circos" deste são mais pequenos que o habitual, mas está bem, é uma opinião a ser estudada!!)

*Caudal de um rio, é quando um rio vai andando e deixa um bocadinho para trás!*
(é claro. Caso contrário ficava vazio depois de passar. Deve ser uma forma de o encontrarem)

*Princípio de Arquimedes: qualquer corpo mergulhado na água, sai completamente molhado. *
(disso não há dúvida nenhuma)

terça-feira, 7 de julho de 2009

No restaurante afrodisiaco

Amiga- Somos os únicos numa mesa de 4, já viste.
Eu- A esta altura, todos os casalinhos dentro do restaurante, estão a questionar-se porque estaremos 4 numa mesa.
Amiga- E que achas tu que eles estão a pensar?
Eu- Se a comida estiver a fazer efeito, estão a pensar onde é que vão parar o carro para dar a queca, se a coisa estiver fria, estão a pensar que a seguir vamos ter os 4 uma sessão de swing.
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Numa discussão sobre preferências sexuais envolvendo pessoas anãs
Amigo-Então imagina lá como se pode pôr uma senhora pequena a girar
Eu- Tipo roleta, "faitez vous jeux"
Amiga, dirigindo-se ao Amigo - Punhas-lhe o pénis no umbigo?
Eu- Claro que não, punha na boca, mas tinha de se certificar que além de pequena era desdentada.
Ela - Fogo tu hoje estás do pior!
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é o que dá ir ao festival do panda!!!

O carro e os cornos

Manuel Pinho foi o motor da revolução eléctrica – decisiva para a diminuição do aquecimento global.

Conheci o ministro Manuel Pinho no início da semana passada. Fiz parte do grupo das primeiras vinte câmaras que assinaram com o Governo o protocolo de arranque da rede eléctrica de apoio aos novos automóveis, amigos do ambiente, que estão a chegar.

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A comunicação social deu ao assunto menos importância do que à transferência de um jogador banal e muito menos do que à morte do Michael Jackson. Pouco importa. Naquela segunda-feira, no Pavilhão de Portugal, o Governo de Sócrates assinou a sua entrada para a História. E o motor dessa revolução eléctrica foi Manuel Pinho. Foi com emoção que o cumprimentei e agradeci.

Mal o conhecia e conheço. Apenas por leituras apressadas de historietas sobre o seu comportamento atípico. Cinco dias depois, respondendo a uma falsidade que lhe era imputada por um deputado comunista, lá tornou a ser atípico, e no calor da discussão enviou-lhe um par de cornos. Fez mal. Os cornos não se enviam daquela maneira. Não sei se a Assembleia da República celebrou o contributo de Portugal para este esforço mundial, que vai dos Estados Unidos à China, para a diminuição das emissões do dióxido de carbono. Mas celebrou com forte chiadeira o par de cornos. Está certo. Conclui-se que os nossos deputados sabem muito, e ofendem-se com razão, de cornos e encornanços e pouco lhes interessa a revolução ambiental que vai modificar o País. Um dia, quando a sensatez chegar, quando a nossa frota automóvel estiver pejada de carros eléctricos sem ruído e sem emitir gases tóxicos, saber-se-á que foi um senhor chamado Manuel Pinho, o grande propulsor da nova era. Despedido com justa causa porque enviou um par de cornos a uma criatura qualquer.

Artigo no Correio da Manhã de Moita Flores, presidente da Câmara Municipal de Santarém, eleito como independente nas listas do PSD

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A minha prenda

Oferta do amorzão em jeito de comemoração de aniversário de casamento e dos 35 anos de idade, um 2 em 1 que a vida está cara.






Lindo, Lindo, porque eu mereço!!!!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Os valores de hoje


Lyrics

I want to be rich and I want lots of money
I don't care about clever I don't care about funny
I want loads of clothes and fuckloads of diamonds
I heard people die while they are trying to find them

And I'll take my clothes off and it will be shameless
Cause everyone knows that's how you get famous
I'll look at The Sun and I'll look in The Mirror
I'm on the right track yeah I'm onto a winner

Chorus
I don't know what's right and what's real anymore
And I don't know how I'm meant to feel anymore
When do you think it will all become clear
Cause I'm being taken over by the fear

Life's about film stars and less about mothers
It's all about fast cars and cussing each other
But it doesn't matter cause I'm packing plastic
And that's what makes my life so fucking fantastic

And I am a weapon of massive consumption
And it's not my fault it's how I'm programmed to function
I'll look at The Sun and I'll look in The Mirror
I'm on the right track yeah we're onto a winner

Chorus
I don't know what's right and what's real anymore
And I don't know how I'm meant to feel anymore
When do you think it will all become clear
Cause I'm being taken over by the fear

Forget about guns and forget ammunition
Cause I'm killing them all on my own little mission
Now I'm not a saint but I'm not a sinner
Now everything's cool as long as I'm getting thinner

Chorus
I don't know what's right and what's real anymore
And I don't know how I'm meant to feel anymore
When do you think it will all become clear
Cause I'm being taken over by the fear

Assustador, não?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

As mensagens dos meus padrinhos de casamento

A madrinha:

"Minha querida, um grande beijo de parabéns pela coragem de há 3 anos, e pela capacidade em manter um casamento durante este tempo todo...Aturar um gajo é dose, tu foste premiada com dois! Tudo isto para te dizer que gosto de ti. E passe o tempo que passar, serás sempre a minha Miau. Brinde aos noivos!!"

O padrinho:

"Agradeço-te Miau pelo facto de me fazeres acreditar que a felicidade a dois não é uma soma nem uma divisão. É isso sim uma multiplicação. 1x1=3"



O molho de broculos em que voçês se meteram:







A minha resposta:

Tão fofinhos que voçês conseguem ser, depois de há 3 anos atrás eu vos obrigar a arcar com a responsabilidade de fazerem parte das nossas vidas para sempre, de vos aborrecer com queixas da pouca ajuda que o maridão me dá, ou quando ele vos confessa da falta de paciência que tem para aturar as minhas longas horas nas compras.
E a sorte que nem imaginam ter por ainda nunca ter sido necessário passarem umas horas a fazerem de baby sitter ao pirralhito.
Por falar nisso....

Brinde aos noivos!!!

3 anos



Foram 3 anos de adaptação, em que nem tudo tem corrido bem, mas as divergências não são mais do que o cimento que vai tornando a nossa relação mais sólida.
Nestes 3 anos conseguimos sobreviver ao nascimento de um filho, o furacão que nos quebrou rotinas e alterou planos, mas que nos juntou ainda mais, não por via da responsabilidade, mas pela concretização do amor que nos une.
Ultrapassamos dificuldades financeiras, que embora nos continuem a acompanhar, já não destroiem a nossa serenidade, e soubeste ser aquilo que eu duvido fosse capaz: o porto seguro onde me pude amarar nos dias de tempestade que a depressão abateu sobre mim.
Pensei fazê-lo em forma de poema, mas não tenho jeito com palavras quando os sentimentos são em turbilhão, não páro de pensar no que o coração me diz, mas a forma de as transpor por escrito é tão difícil que nem me atrevo a iniciar.
Pensei dizê-lo em forma de musica, mas teria de encher o dia de "dó ré mis", pois não há melodia que não te me traga à memória.
Ainda peguei nas tintas e pincéis para te traduzir na tela o que me vai por dentro, mas sabes bem que me falta o talento.
A única coisa que posso fazer, é dizer-te ao ouvido o quanto te amo, o quanto me fazes falta, que te desejo por perto em todas as horas do meu dia, e que há 3 anos atrás fizeste de mim uma mulher feliz, pois mesmo depois de tanta luta, depois de tantos contratempos, ainda que eu te pedisse que não o fizesses, tiveste a coragem de esperar por mim no altar embora o carro de fuga estivesse com a 1ª engatada.
Só tu sabes, o quanto é difícil para mim dizer "amo-te", só tu sabes que quando o digo nunca é em vão, porque é um sentimento, muito mais que uma mera palavra.